Cerca de 200 vans de transporte escolar devem começar a fazer o transporte de trabalhadores da indústria e do comércio da Grande Goiânia a partir dos próximos dias. A medida foi acertada na reunião dos líderes do Fórum Empresarial do Estado, organizada pelo Sistema OCB/GO, com a Cooperativa de Transporte Escolar e Turismo de Goiás (Cooperteg). A intenção é reduzir a pressão sobre o transporte público e atender o segmento que está há um ano parado.

As vans escolares devem atender inicialmente empresas instaladas em polos industriais de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Para realização deste serviço, alguns procedimentos precisam ser obedecidos pelas vans escolares: podem transportar no máximo 20 passageiros, todos sentados; os veículos têm de ser higienizados antes e depois do transporte; é obrigatória a medição de temperatura dos passageiros e o uso de máscaras, além de ofertar álcool em gel dentro dos veículos; é necessário a contratação de seguro pelas vans; e as viagens devem ser restritas ao trajeto casa-empresa-casa dos trabalhadores, sem passar por pontos ou terminais de ônibus.

Em relação ao valor das tarifas, a negociação será direta entre a Cooperteg e as empresas, porque depende de cálculos como quilometragem percorrida e consumo de combustível. A Fecomércio, via o Sindiposto, informou que vai avaliar a possibilidade de oferecer diesel a um custo menor para as vans escolares que realizarem o fretamento dos trabalhadores, para reduzir o custo do transporte e o valor da tarifa.

“Tendo regras claras e tarifas competitivas, a Fecomércio vai participar também para que maior número de lojistas participe do convênio. Temos de oferecer alternativas para reduzir o contágio pela Covid-19 e garantir maior segurança aos comerciários”, frisou Marcelo Baiochi, presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás.

Cerca de 300 cooperados de vans escolares estão sem trabalho há um ano por conta das restrições de aulas presenciais no ensino público e particular da Grande Goiânia. Alguns já venderam seus veículos para pagarem despesas essenciais, o que reduz a oferta das vans escolares para 200 na capital.

A Cooperteg também vai desenvolver um sistema online de gerenciamento de rotas, com acesso restrito, para as empresas e trabalhadores acompanharem as viagens. Isto também busca impedir que veículos clandestinos realizem o fretamento de trabalhadores, gerando maior segurança ao serviço prestado.