O Atlético Goianiense deve ser o primeiro goiano a retornar as treinamentos, já que o clube demonstrou o desejo que recomeçar as atividades o mais rápido possível. Enquanto espera um aval dos órgãos de saúde, a diretoria se prepara para adquirir equipamentos necessários para examinarem todos os atletas e profissionais que estarão no dia a dia do CT do Dragão.
Por isso, pensando nesse retorno, todos os atletas já estão em Goiânia –inclusive os que viajaram no último mês. A expectativa é que na próxima semana eles já comecem a ser avaliados pelos profissionais do clube, encurtando o período para voltarem à rotina no centro de treinamentos.
“Estou rezando muito para que isso (retorno dos treinos) possa acontecer o mais rápido possível. Os clubes juntamente com os profissionais da saúde estão montando um protocolo para passar pra gente e voltarmos com segurança. Nós temos família e ficamos preocupados, todavia os profissionais são capacitados para passar esse guia para retornamos tranquilo. Torço para que volte muito rápido porque não aguento mais ficar dentro de casa”, analisou o zagueiro Gilvan à Sagres 730.
O capitão atleticano também afirmou se sentir tranquilo caso as atividades voltem nos próximos dias. “Se os médicos, juntamente com o clube, montarem um protocolo que seja seguro, acho que não tem problema nenhum”.
As medidas para garantir que todos os profissionais desenvolvam suas atividades com segurança já foram traçadas pelo departamento médico do clube. Um protocolo foi elaborado e repassado aos atletas que, segundo Gilvan, compartilham do mesmo sentimento e não veem a hora de estarem de volta ao convívio no centro de treinamentos do setor Urias Magalhães.
“Com certeza (mesmo sentimento). Eu já conversei com alguns e estão loucos para voltar, no entanto é preciso ter calma nesse momento porque é difícil. Estão todos montando um protocolo para que a gente volte segurança e passe essa segurança para as pessoas. Além disso, claro, pra gente se proteger também porque tenho duas filhas pequenas e é perigosos. Eu acredito nos profissionais de saúde que vão montar essas orientação para voltarmos com tranquilidade”, destacou.
Desejo que se intensifica justamente pela dificuldade de improvisar treinamentos dentro de casa. “O Jorginho (Jorge Sotter) passou treinamentos para fazermos em casa, no entanto não é a mesma coisa de fazer no campo e a gente acaba perdendo bastante. Logo, acredito que quando voltarem os treinamentos a gente vai sentir muitas dificuldades porque você não consegue fazer coisas longas, principalmente aqui no apartamento que não tem esteira e não pode fazer academia no prédio. Então fazemos exercícios para manter, mas é difícil e acabamos perdendo muito”.
Gilvan é o capitão do Dragão (Foto: Victor Garcia/ACG)
Redução salarial
Na última sexta-feira (8) a diretoria do Atlético-GO também fechou acordo com o elenco para uma redução salarial enquanto o futebol está paralisado. O reajuste será de 33%, sendo que os atletas poderão ser reembolsados caso o Dragão permaneça na Série A do Campeonato Brasileiro. Antes do acordo, o zagueiro Gilvan conversou com a Sagres 730 e já havia revelado ser à favor do reajuste.
“Pelo momento que o mundo está passando eu acho que sim (redução), porque nossa profissão é muito boa e tem uma salário bom. Sendo assim, para ajudar o clube e outras pessoas também, eu concordo sim em reduzir um pouco. Você reduz um pouquinho aqui e na frente você ganha com a volta do futebol”, ressaltou.
Reforço para a zaga
Titular absoluto, o capitão tem como companheiro de zaga o jovem Oliveira. Os dois formaram a dupla titular na campanha do acesso em 2019. Após se destacar no Sport na mesma competição, Eder foi contratado para o setor que também conta com o jovem Michel, oriundo das categorias de base.
“Sempre é bom estar reforçando todos os setores e tenho certeza que o Adson está vendo isso. Com certeza teremos contratações e quem chegar, que possa nos ajudar. Nós vamos acolher quem vier porque somos um grupo família, quem chega sempre é acolhido. Até os meninos que chegaram agora no estadual falaram ‘parece que estou aqui há três ou quatro anos, vocês me receberam muito bem’. A gente sempre procura recebe-los bem, para se sentirem bem e desenvolverem um bom trabalho”, pontuou Gilvan.