O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, afirmou em entrevista coletiva que o Estado recebeu no final da tarde desta segunda-feira (31/05), uma lista com a previsão de chegada para quarta-feira (02/06) de 20 mil doses da vacina da Pfizer e 190 mil doses da vacina da AstraZeneca contra Covid-19. A declaração foi dada durante a inauguração da ampliação do Hemocentro Professor Nion Albernaz, em Goiânia.

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Ismael esclareceu que todas serão utilizadas na aplicação da primeira dose e que já se enquadram no novo modo de distribuição, com 30% para o grupo de pessoas com comorbidades e 70% para atender os cidadãos em ordem decrescente de idade, a partir dos 59 anos. “Nós entendemos que isso vai ampliar o acesso a vacina, não teremos nenhuma dose parada nas geladeiras”.

A vacinação em massa é necessária para que haja um controle efetivo da pandemia. Segundo o secretário, para que os números possam ser reduzidos, será necessário que, pelo menos, 50% da população esteja imunizada, mas que para que, de fato, tenhamos tranquilidade, o percentual ideal é de 75%. “Mas ainda estamos distantes desse número”, lamentou.

Presente no evento, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, falou sobre a possibilidade de uma terceira dose, que serviria de reforço para determinadas vacinas. Caiado explicou que, hoje, estamos em uma fase em que já é sabido que nenhuma vacina possui 100% de eficácia contra a Covid-19 e que, por isso, estudos estão sendo conduzidos para saber sobre essa possível terceira dose.

Repique da 2ª onda

Uma das preocupações do secretário de Saúde ocorre em função do aumento de casos e também do índice de ocupação nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) no Estado. Ismael explicou que para que fosse considerada uma terceira onda, os números deveriam ter abaixado e que isso não é realidade. “O mais baixo que chegamos nas UTIs estaduais foi de 78%, isso faz com que já estejamos com 87% de ocupação, um alto consumo de oxigênio e de vários insumos”.

O secretário ainda contou que Goiás tem feito um trabalho de vigilância quanto ao surgimento da variante indiana, mas sem nem um bloqueio, pois a nova cepa já está no Brasil.