O Estádio Olímpico será palco para Atlético e Goiás, na tão esperada, decisão do Campeonato Goiano 2019. Um confronto entre os rivais vai se repetir pela 8ª vez em uma final nos últimos 13 anos. O Verdão levantou o troféu em 2006, 2009, 2012 e 2013. Já o Dragão levou a melhor nas temporadas 2007, 2011 e 2014.

Em 2006 o Goiás Esporte Clube era comandado pelo técnico Geninho. Na decisão diante da equipe rubro negra – empatou o primeiro jogo e venceu o segundo. Gol de Nonato após assistência de Weliton.

No ano seguinte o troco do Atlético Clube Goianiense. Empate na primeira decisão e vitória pelo placar de 2 a 1 no segundo jogo. O gol do título foi de Anaílson em um chute de fora da área.

Neste período teve início a grande rivalidade entre esmeraldinos e rubro negros. A Rádio Sagres acionou o “túnel do tempo” e trouxe dois personagens que viveram esse momento. Romerito pelo Goiás e Wesley pelo Atlético, que hoje trabalham juntos nas categorias de base da Aparecidense.

Romerito que foi formado na base do Atlético e Wesley que era o motorzinho no meio campo rubro negro, participaram dos Debates Esportivos. Muita resenha no comado de Rafael Bessa e Wendell Pasquetto – com as participações de Evandro Gomes e Charlie Pereira. 

Wesley e Romerito nos Debates Esportivos

TÉCNICOS

Em 2006 a equipe do Goiás era comandada por Geninho. O treinador foi um dos responsáveis pelo título conquistado naquele ano, que contou com Romerito, Harlei, Jadílson, Roni, Souza, Nonato e Welliton.

“Quando eu fiquei afastado no Goiás em 2007, ele foi para o Sport. O Sport veio jogar em Goiânia contra o Goiás e ele perguntou onde eu estava. Ele me ligou perguntando se eu queria ir para o Sport e disse que aceitaria na hora. Fui para o Sport e depois voltei para o Goiás, quando tinha o Iarley e Hélio dos Anjos”, afirma Romerito, mostrando muito agradecimento ao técnico que hoje comanda o Avaí.

Em 2007 a equipe do Atlético tinha Artur Neto como técnico. No jogo da final, contra o Goiás, o time que entrou em campo com Márcio; Dida, Gilson, Jairo e Possato; Pituca, Robston, Weslley e Anaílson; Fábio Oliveira e Rômulo.

“Dentro de campo ele teve importância na minha mudança de comportamento em busca do gol sempre. A característica dele é sempre em busca do gol. Tanto é que o próprio Goiânia teve essa característica. Ele foi um treinador que nos ensinou muita coisa e sempre em busca o gol”, afirmou Wesley ao elogiar Artur Neto que comandou o Goiânia no Campeonato Goiano.

TIME DE MOCINHA

Após o primeiro jogo de 2007, onde o Atlético empatou em 2 a 2 com o Goiás, o atacante Robston deu a seguinte declaração: “Parece time de mocinha. Não pode nem chegar junto, poxa”. O jogador não gostou do lateral Vitor, do Goiás, reclamar de uma chegada mais ríspida que o atacante deu durante o confronto. Romerito e os demais jogadores do Verdão, não gostaram da declaração do volante atleticano.

“No próximo jogo eu queria entrar para sair nas vias de fatos. O Vitor reclamou de uma entrada dele e depois ele chamou a gente “mocinha”. Depois eles venceram a gente nas semifinais e saiu me zoando, mas eu guardei. Na terceira rodada do Brasileiro, em 2010, eu disse que ia dar a vida nesse jogo. Foi 3 a 1 e eu fiz dois gols. Não aguentei e disse que Goiano estávamos cansados de ganhar e agora era o Brasileiro. A torcida do Atlético ficou brava comigo. Depois nós nos encontramos no Vila Nova. Subimos no Vila Nova com o Wesley também. Nós não temos muita amizade”, diz.

TRIO PARADA DURA

Em 2007, tinha um trio que se destacava dentro e fora de campo. Dida, Robston e Fabio Oliveira eram tidos como os “reis da resenha”. Churrasco, cerveja, carvão e o resultado dentro de campo. “Era bom. Fora de campo era churrasco toda segunda-feira. Era de praxe. Até o Artur Neto sabia. Tanto é que enquanto estava ganhando tava dando certo. Como eu era casado não participava dessa bagunça, mas fora de campo eles eram impossível. Quando chegava dentro de campo era impossível. O Dida era tão figura que andava com uma caixa de cerveja, uma churrasqueira e carvão na porta mala do carro. Onde parava ele tocava o terror. De lateral-direito eu nunca vi igual”, diz Wesley que sempre teve um comportamento mais reservado. Observava tudo de longe.

PETKOVIC

O apresentador Wendell Pasquetto questionou o Romerito sobre jogadores que eram de difícil relacionamento no futebol. O jogador falou sobre Petkovic. Os dois estiveram juntos no Goiás em 2007. “Tenho apenas um cara. Eu tenho até vontade de falar o nome. Eu sempre fui um cara muito pilhado. Eu parei com aquele sentimento, mas até hoje eu tenho vontade de jogar. Eu tento transmitir para os meninos da base o que eu passei nesses 23 anos de carreira. Eu sempre arrumava alguns atrito dentro de campo, mas ficava la dentro. Tem apenas um atleta que se Deus quiser eu não vou ver ele mais. Hoje ele comenta em uma emissora forte. Eu espero que não encontrá-lo mais na minha vida”

O comentarista Charlie Pereira perguntou se era Petkovic e Romerito respondeu: “Com certeza. Ele fez um mal para mim que hoje se tornou um bem, depois que ele saiu. Ele deu entrevista dizendo que a gente tinha fritado ele. Ele disse que nós tínhamos boicotados. Isso não aconteceu. Na verdade ele não quis jogar no Goiás. Ele veio para cá para se recuperar. Ele não entrou em nenhum jogo fora de Goiânia. Quando era fora de Goiânia dizia que estava com pouco de dor e não ia. No jogo da final em 2007, o time já estava montado, jogando eu e Cléber Gaúcho de volante e o Petkovic de meia. Quando deu 11h30 o Geninho me chamou no departamento médico e falou que ia tirar o Pet, me adiantar, colocar o Danilo Portugal e para eu correr atrás do Robston e do Pituca. Nós sabíamos que eramos inferiores a eles naquele ano. Nós jogávamos por uma bola. Na época gerou toda uma polêmica porque ele ficou de fora. Ai ele disse que tinha sido a gente que tinha feito isso para ele ficar fora da final. Foi o Geninho que fez isso”

A FINAL

Neste domingo Goiás e Atlético realizam mais uma final do Campeonato Goiano. Agora fora dos gramados, Weslley e Romerito avaliam a qualidade dos dois clubes que vão decidir o Goianão 2019.

“Eu vejo o Atlético com um sistema de meio campo muito bom. Eu acho o Jorginho como uma peça fundamental no Atlético. É um jogador que fica morto, mas quando a bola cai nele, ele resolve. Eu vejo o Bambu que sobe com uma pegada muito forte e sobe para o ataque, que define e marca. O sistema defensivo com o Gilvan é ótimo. As reposições do Atlético também estão muito boas. Eu vejo o Atlético com algumas peças de recomposição para poder ganhar esse jogo”, finaliza Weslley

“Eu vejo o Goiás favorito, principalmente nesse jogo. O Atlético tem jogado um futebol mais vistoso, mas no momento eu vejo o Goiás mais encorpado. Eu só não dou favoritismo total para o Goiás porque eu vejo a ausência do Léo Sena. Para mim o Léo Sena é o diferencial do Goiás hoje. Sem ele e se o Michael não tiver em um dia inspirado, complica um pouco a situação do Goiás. A saída de bola é principalmente pelo Léo Sena e pelo Geovane. Eu vejo um pouco de dificuldade. Pela semana de trabalho eu vejo o Goiás favorito”, finaliza Romerito.

Confira a entrevista completa:

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