Foi marcado nesta quinta-feira (17) a data do julgamento referente à partida da última rodada do Campeonato Brasileiro entre Goiás X São Paulo, disputada no último dia 6 de dezembro no Estádio Serra Dourada, com vitória dos visitantes por 1×0. O clube goiano foi punido por conta do confronto ocorrido após o final do jogo, envolvendo torcedores e agentes da Polícia Militar (PM).

De acordo com o advogado do esmeraldino, João Vicente, o maior problema a ser enfrentado pelo clube é o fato do árbitro da partida, o mineiro Ricardo Marques Ribeiro, ter relatado na súmula que torcedores esmeraldinos teriam arremessados bombas de fabricação caseira na direção dos PM’s que faziam a segurança do campo. Vicente afirma que vem trabalhando no caso desde o final da partida e que a denúncia já era esperada.

“Estamos separando imagens, prova documental também, para demonstrar que não houve o arremesso de bombas caseiras dos torcedores em direção à polícia. Houve sim um tumulto, a torcida ficou na provocação com a do São Paulo. Ainda que tenha arremessado copo, garrafa com água, alguma coisa assim, mas de forma alguma esta questão das bombas caseiras”, ressalta o jurista.

Vicente aponta que as provas documentais constam exatamente na súmula do jogo que, segundo ele, possui presunção da veracidade, e que o trabalho será focado na desconstituição da mesma, a partir das imagens feitas pelo circuito interno do estádio.

“Estamos com as imagens do sistema interno de monitoramento do Serra Dourada, do final da partida, para nos auxiliar nisso demonstrando nas imagens, pelo menos no nosso entendimento fica bem claro, que tem aquela provocação, aquele princípio de confronto, mas a utilização de bombas caseiras pela torcida, isso a gente não observa no vídeo”, afirma.

O Goiás já havia sofrido punição de dois jogos sem mando de campo mais multa, por mau comportamento de parte da torcida após a derrota para o Coritiba por 1×3, no dia 18 de novembro, também no Serra, pela 35ª rodada. Para Vicente, os agravantes da súmula no jogo contra os paranaenses foram apenas a quantidade de objetos arremessados no gramado, inclusive pedras, mas não cita utilização de bombas.

O advogado acredita que um caso não deve influenciar o outro, pois o primeiro pode ainda ser revertido em segunda instância, já que o clube recorreu da decisão. A defesa da punição da partida contra o tricolor paulista será na próxima segunda-feira (21).