O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), revelou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (20), que avalia adotar a utilização de mochilas transparentes nas escolas do Estado. De acordo com o Chefe do Executivo, o assunto está em pauta com a secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli.
“Isso é algo que existe em alguns países, que é a mochila transparente. É um assunto que discutia com a secretária da Educação ontem [quarta] sobre como vamos refletir sobre isso. Nada definido, mas são sugestões e também aquilo que já estamos vendo em experiência nos outros países, amanhã poder ter também a mochila transparente”, afirmou.
Fátima Gavioli revelou que já se reuniu com membros da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para estudar a melhor forma de viabilizar o projeto de adotar a utilização das mochilas transparentes em Goiás.
“Ela precisa ser resistente, para que as crianças possam passar o ano todo com essa mochila. Vai ser uma grande ação que vamos ter, porque ela serve não só para identificar a questão dos armamentos que eles estavam levando, mas também quando estiverem levando entorpecentes. Então, a mochila transparente vai nos ajudar em vários sentidos no que levar para a escola”, explicou.
‘Todos pela paz’
Caiado mencionou a ideia da mochila transparente durante ação do “Dia D” da campanha “Todos Pela Paz”. A atividade integra as ações de combate à cultura do ódio e à violência nas instituições de ensino.
O governador visitou três escolas em Goiânia e outra em Aparecida de Goiânia, nesta quinta. O ‘Dia D’ prevê uma programação especial em todas as unidades de ensino.
Com uma proposta de acolhimento, o objetivo da iniciativa é envolver a comunidade escolar em atividades pedagógicas e dinâmicas sobre a cultura da paz.
Medidas de segurança
A sugestão da mochila transparente ocorre junto com um pacote de medidas aprovado na quarta (19) pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). O documento agora segue para sanção de Caiado. São protocolos para promover a segurança nas escolas das redes pública e privada, de ensino normal e profissional, básico e superior.
Dentre as medidas está a instalação de câmeras de monitoramento nas unidades de ensino, utilização de detectores de metais e campanhas de combate ao bullying no ambiente escolar. Em outra frente, as novas regras também preveem interlocução com redes sociais e páginas da internet para a remoção instantânea de conteúdos impróprios e de apologia ao crime.
A nova legislação também prevê responsabilização das plataformas de conteúdos digitais que promovam cyberbullying. Empresas responsáveis por redes sociais e proprietários de perfis digitais poderão responder na justiça pelo comportamento criminoso.
“As pessoas precisam entender que não existe mais o anonimato na rede social. A mesma lei que existe para impor as regras às pessoas na vida real, é a mesma que vai existir na vida virtual. Então, a pessoa não pode achar que vai ficar no anonimato e vai se esconder ali. As plataformas sabem, a legislação foi mudada e serão duramente punidas e corresponsabilizadas pela divulgação daquele crime”, ressalta Caiado.
Pais ou responsáveis
Além disso, em caso de episódios de violência, haverá a responsabilização civil, penal e administrativa do agressor e dos pais ou responsáveis e prevê o atendimento de professores e estudantes por serviço de psicologia.
“Os pais sem dúvida alguma precisam de ter tempo para sentar com as crianças, conversar, saber realmente qual a mensagem que está chegando no seu celular. Poder orientá-lo no momento que ver uma mensagem ameaçadora, ou daquela que faz a propagação do ódio e da violência e comunicar nossas autoridades”, pontua o governador.
O projeto de lei estabelece ainda, a comunicação às autoridades competentes (polícia, conselho tutelar e família), nos casos de prática de cyberbullying, discurso de ódio, intimidação sistemática e atos de violência.
*Esse conteúdo está relacionado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU 04 – Educação de Qualidade
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