O governador Ronaldo Caiado apresentou, nesta quarta-feira (26), as principais medidas adotadas para enfrentamento da estiagem deste ano, nas bacias hidrográficas do Rio Meia Ponte, na Grande Goiânia, e do Ribeirão Piancó, no município de Anápolis. O evento, realizado no Palácio das Esmeraldas, contou com a presença da secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, e do presidente da Saneago, Ricardo Soavinski.

O decreto que regulamente as ações adotadas pelo Governo de Goiás passará a vigorar até o fim do período de seca e, consequente, retorno das chuvas. O objetivo é garantir o uso prioritário da água para os usuários.

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Em entrevista à Sagres, a secretária de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, afirmou que as medidas já estão em andamento e que 80% da água consumida no Rio Meia Ponte está sendo monitorada de maneira eletrônica. “Isso significa que qualquer desvio, qualquer uso indevido, nós já podemos fazer o controle efetivo”.

A secretária explicou que o controle será feito diariamente e que os usuários serão avisados quando os níveis de alerta forem abaixando, para que todos “possam atravessar esse período de seca com tranquilidade e segurança”.

Andréa ainda detalhou que, apesar de passarmos por um ano seco, a chance de desabastecimento de água é menor. Ela contou que o monitoramento eletrônico permitirá que a secretaria saiba exatamente o nível de água no Rio, o que possibilita uma tomada de ações mais rápida, quanto à captação de água pela Saneago.

“Quem está acima do ponto de captação da Saneago, que faz o consumo de água para irrigação ou atividades econômicas, nós estamos monitorando e distribuindo em equilíbrio, em partes iguais, para que todos possam, ao mesmo tempo, ter acesso à água, tanto os hortifrutigranjeiros, quanto todos aqueles que usam para irrigação […] Vamos atravessar o período de secura da melhor forma possível”, pontuou.

Outro ponto abordado na entrevista, trata das barragens. Segundo a secretária, são 17 espalhadas pelo Estado, equipadas para captação de água. “À medida que for necessário, nós vamos lá e conversamos com o produtor e ele libera a água. Isso significa uma disponibilidade a mais de quase 1.500 litros por segundo, então é muita água estocada na bacia”.

O presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, reforçou que mesmo com a estiagem começando mais cedo em 2021, o Estado está mais preparado e que, por isso, o plano de racionamento, apresentado pela Saneago, de forma obrigatória, tem menos chance de ser colocado em prática.

“Nós temos, tradicionalmente, pouco mais de 50 cidades que costumam ter problemas de segurança hídrica no período da estiagem. Para todos eles, foram tomadas uma série de medidas para minimizar esses efeitos, com obras, com melhorias operacionais e com recuperação das bacias”, detalhou Ricardo.