* Com informações do repórter Rubens Salomão

O estado de Goiás registrou o segundo melhor resultado no Brasil em ranking sobre a criação de novas vagas de emprego, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A indústria de transformação e o agronegócio foram os principais responsáveis pela geração de vagas, no primeiro trimestre de deste ano de 2016.

Em março foram gerados 3.331 empregos celetistas no Estado, o que equivale à expansão de 0,28% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior.

Apesar do bom resultado nos últimos meses das grandes indústrias e setores do agronegócio, o saldo positivo em relação ao emprego em Goiás foi causado pela influência dos pequenos negócios.

O diretor superintendente do SEBRAE no estado, Igor Montenegro, detalha a quantidade de vagas criadas em Goiás nos últimos quatro anos. “De 2012 até março de 2016, as médias e grandes empresas em Goiás perderam 38 mil postos de trabalho. As micro e pequenas empresas cresceram 72 mil postos de trabalho. O desemprego não é maior por conta dos pequenos negócios,” conta.

O superintendente do SEBRAE explica que o perfil dos empresários e dos funcionários em pequenas empresas é diferente e possibilita maior manutenção dos postos de trabalho. Segundo ele, como normalmente o pequeno empresário trabalha com familiares e conhecidos, ele acaba o segurando mais no trabalho, mesmo durante a crise.

Igor Montenegro acredita que os efeitos das medidas econômicas apresentadas pelo governo do presidente interino da República, Michel Temer, só serão vistos na prática na economia local em médio e longo prazos. “Uma política econômica de recuperação não tem efeito de curto prazo. Normalmente são de médio e longo prazo. A partir do momento que há uma redução drástica nos gastos públicos, passa a ser possível fazer investimentos, que é o que movimenta a economia,” prevê.