Educação é assunto sério, mas é uma pena que ainda não seja tratado com o devido respeito em nosso país, onde ainda há muito para ser feito para melhorar a qualidade do ensino. Devemos nutrir a esperança de que isso aconteça – agora, mais do que nunca, é época de renová-la e desejar que 2024 nos brinde com uma educação que faça jus ao que os educadores e professores deste país merecem. Que eles façam acontecer!
Neste ano, o Boletim USP e Educação fez a sua parte e abordou diversos temas relevantes para o ensino brasileiro: desde a formação dos professores, passando pela importância do material didático tanto para os educadores quanto para os alunos, até uma nova e polêmica modalidade de ensino — o homeschooling. Com a chegada do novo ano, fizemos uma seleção de reportagens importantes sobre educação. Confira nossas produções abaixo para se preparar para mais um ano letivo.
De onde vieram os professores do Brasil?
“É importante para os futuros professores conhecerem como o seu ofício se constituiu, as mudanças pelas quais ele passou e as lutas empreendidas pelos sujeitos que os precederam”, diz Paula Perin Vicentini
Em 1827, D. Pedro I decretou que “em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos, haveria as escolas de primeiras letras que fossem necessárias”. Isso ocorreu, precisamente, em 15 de outubro. Essa data, em 1963, foi oficializada como o Dia do Professor pelo Decreto Federal nº 52.682.
As escolas primárias já existiam bem antes, mas, a partir do decreto do antigo imperador do Brasil, a educação oficial no País começou. Para conhecer mais sobre a história da formação dos professores, é preciso trazer o nome de António Sampaio da Nóvoa, professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e reitor honorário dessa universidade.
Como é avaliado o material didático das escolas públicas?
“Você tem uma série de recursos hoje em dia que o professor pode somar ao trabalho que ele realiza na sala de aula para enriquecer o trabalho pedagógico”, diz Vinício de Macedo.
Material didático é todo o material utilizado com o objetivo de auxiliar a atividade pedagógica. Não existe sala de aula sem dispositivos de apoio ao ensino dos alunos, sejam estes cartilhas, livros ou vídeos explicativos. Por isso, todos os anos o Ministério da Educação (MEC) garante o acesso a livros e outros materiais essenciais à prática educativa.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) contempla anualmente todas as escolas públicas e conveniadas da Educação Básica (educação infantil, anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio), somando um total de 140 mil unidades, impactando em torno de 30 milhões de estudantes matriculados.
Apenas 21% dos brasileiros são favoráveis ao homeschooling
“Eu não identifico prós na proposta de educação domiciliar que tramita no Congresso, já que ela priva crianças e adolescentes da socialização, do acesso a conhecimentos humanísticos e científicos que vão além dos defendidos pela família”, diz Denise Carreira
A discussão sobre a implementação do homeschooling se intensificou com o isolamento social decorrente da pandemia de covid-19. Mas, com as desigualdades educacionais existentes relacionadas às dificuldades socioeconômicas do País, este se torna um sistema de ensino que ainda enfrenta desafios para a sua implementação.
No Brasil, a educação domiciliar representa a demanda de determinados grupos da população pelo direito de educar crianças e adolescentes em casa, questionando a obrigatoriedade da educação escolar prevista na legislação. Porém, a pesquisa Educação, Valores e Direitos, realizada em 2022 pela Ação Educativa e Cenpec, mostra que apenas 21% dos brasileiros são favoráveis à educação domiciliar.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade
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