O Goiás é um celeiro de jogadores que despontam rapidamente, e na maioria das vezes, acabam brilhando por outro time mais tradicional no futebol brasileiro. Não é de hoje e não vai deixar de ser por um longo tempo, no que depender do dirigente máximo esmeraldino, Hailé Pinheiro, que defende a lógica de revelar e vender para manter o clube vivo.

A prática já aconteceu, por exemplo, com os atacantes Wellinton e Fernandão, o zagueiro Rafael Tolói e até o lateral Douglas, revelado no clube e que hoje está no Barcelona, apesar de ter saído do Goiás sem qualquer custo algum. O próximo da lista pode ser o atacante Erik, nova joia esmeraldina, e Hailé, que se diz um defensor da base, sabe que o certo é não impedir que essas negociações aconteçam, desde que seja positiva para todos.

“Isso não tem jeito não, isso acontece. É muito pelo contrário, a gente satisfeito de saber que o Tolói tá bem no São Paulo, que o Douglas foi vendido por seis milhões de euros, nós queremos é isso mesmo. O Goiás é o único clube que vende jogador aqui, nós estamos certos, tem que vender mesmo, nós vamos fabricar, eles levam e nós fabricamos outro. Estamos planejando o Goiás de hoje para ter o Goiás de amanhã, tenham paciência”

Satisfeito com a atuação do time na goleada sobre o Palmeiras no domingo, Hailé tem aprovado a utilização de muitos atletas formados no clube. O dirigente destaca que a base está sendo bem cuidada e enche a boca para elogiar a “Casa do Atleta”, que será inaugurada até o fim de ano para abrigar jogadores da base com todo o luxo. Toda essa aposta só se fez necessária devido as dívidas que o clube fez nos últimos anos, motivo de críticas por parte de Hailé.

“Nós não fazemos peneirada, nós estamos buscando jogadores em várias partes do Brasil e trazendo pra cá. Hoje, o Goiás tem um time sub-20 que pode chegar aqui e jogar no lugar do profissional, é perfeito, organizado e bem treinado. Tem que ser devagar, o time de 2013 gastou muito, nós reformamos a Serrinha e gastamos muito, tínhamos o objetivo de ir para a Libertadores e não deu certo, e fizemos muitas dívidas. Não é só de 2013, tem também de 2010, 2007, 2005, 2004, os outros presidente fizeram muito barulho e só deixaram dívidas”