O comportamento dos dirigentes de futebol são bem previsíveis. A derrota no clássico para o Vila Nova tinha que sobrar para alguém. Sobrou para Hélio dos Anjos que foi demitido junto com parte da sua comissão técnica. 

Como já conhecemos o comportamento dos dirigentes, é obvio que a culpa pelo desastroso início de Campeonato Brasileiro será creditado na conta do profissional nas explicações e discursos a partir de agora.

Só que o técnico tem muita culpa no cartório. Ele indicou e também deu aval para as contratações que estão ajudando a afundar o Goiás em uma crise que parece não ter fim. Mais uma vez os dirigentes que não mudam de comportamento no Verdão deram a chave do clube para o treinador.

(Foto: Rosiron Rodrigues/GEC)

Hélio já com a corda no pescoço, optou por fechar os treinamentos na semana do clássico. Era esperado algo de diferente diante do Vila Nova. Mas como disse o Léo Sena: “Nada mudou”. O time seguiu desorganizado em campo, como o próprio técnico afirmou que estava no empate contra o São Bento. 

O que deve ter acontecido nesses treinamentos? Provavelmente muita conversa e pouco trabalho. 

Após a vitória diante do Avaí, ele fez questão de levantar a bandeira da preparação física e elogiou o trabalho de Danny Sérgio. O rendimento ruim dos jogadores foi escondido com as desculpas da forte sequência de jogos. Resultado: o preparador físico também caiu. 

Quando chegou ano passado com o Goiás em queda livre, salvou o time do rebaixamento para a Série C. Conquistou o Goianão e levou o Goiás até as oitavas-de-final da Copa do Brasil. Mas fracassou na tarefa mais importante.

Entrega o clube na zona do rebaixamento e com apenas 8% de aproveitamento.

Em sua 6ª passagem na Serrinha, nem o excelente retrospecto diante do Vila Nova Futebol Clube, Hélio conseguiu sucesso. Em quatro jogos, perdeu dois. 

Foi demitido porque indicou mal, porque treinou mal e buscou justificativas sem pé nem cabeça para o trabalho ruim. E agora?

Que a diretoria busca um técnico de ponta e não no nível das contratações de 2018. 

No mercado a melhor opção é Marcelo Oliveira. Técnico grande e capacitado. 

O Goiás Esporte Clube só vai conseguir contratar um técnico assim se realmente fizer um investimento financeiro. Levar para conversa fotos da estrutura e dos 54 campos não vai adiantar. 

Mas como os dirigentes são previsíveis…