O empate sem gols no Serra Dourada, se foi objeto de lamentação para o Goiás, ficou de bom tamanho para o Vila Nova. Pelo menos essa foi a visão do técnico Heriberto da Cunha, que gostou da atuação da equipe nos 45 minutos finais e aprovou a atuação de seus comandos. Heriberto destacou o fato de não ter comandado nenhum coletivo antes do clássico e que, mesmo assim, a equipe conseguiu se manter sólida.

“A definição tática da equipe, a obediência que eles tem é muito boa, eles tem capacidade de assimilar isso muito rápido. Fizemos apenas um pequeno trabalho tático e eles entenderam bem, o setor defensivo tá muito bem e o ataque só precisa ter um ataque melhor. O próprio Gustavo, o Lucas, quando eles pegarem um ritmo melhor, uma confiança maior, vão conseguir fazer sua parte”

Aliás, a dupla de ataque formada pelos garotos Lucas, de 19 anos, e Gustavinho, de apenas 17, não mostrou a boa atuação que o sistema de defesa mostrou, por exemplo. Gustavinho, principalmente, foi alvo do ira do zagueiro Vitor, durante o jogo, e até mesmo de Heriberto no intervalo, que revelou ter “montado o jogo” para Gustavinho explorar suas qualidades. Até por isso, o treinador explicou porque mudou os dois atacantes na etapa final.

 “Foi mais o cansaço deles, o Lucas não joga há muito tempo, nem na base ele jogava. É um atleta que prende bem a bola, mas tem que calejar mais e só com o tempo vai conseguir melhorar o rendimento. O Gustavo a gente tem conversado, ele é disperso em alguns lances, a gente cobra dele porque com a velocidade que ele tem, com a condição que ele tem, pode se dar bem no ataque”

Quem tem caído nas graças do torcedor e também do técnico é o meia Hugo, que mais uma vez, mostrou ousadia e parece estar adquirindo a condição de titular a cada dia no Vila. Heriberto explicou que o jovem meia ainda precisa de orientação em alguns momentos, como quando fica totalmente alheio à partida, mas entende que ele vai crescer muito durante a temporada.

“Eu tenho gostado bastante do Hugo, é um jogador que as vezes desliga do jogo, mas quando liga, vai muito bem. Ele se mostra um pouco disperso, mas a gente só precisa conversar um pouco com ele, orientar, porque ele é um garoto muito inteligente e a técnica que o Hugo tem dispensa comentários. Creio que ele também vai evoluir com o time”