A situação já é ruim e pode piorar ainda mais nesta quinta-feira. Depois da derrota para o CRAC por 2 a 0 em mais uma atuação horrível do Vila, o técnico Heriberto da Cunha, que tem segurado o rojão das derrotas, revelou que pode deixar o clube nesta quinta-feira, após uma reunião com a diretoria colorada. O treinador tratou de aliviar a barra da garotada mais uma vez, mas disse que é preciso tomar uma posição.

“Amanhã eu vou sentar com a diretoria e tomar uma posição da minha vida, se eu continuo ou não. Vou definir o que vou fazer e saber se vamos contratar, se vamos fazer uma equipe equilibrada, porque a gente não pode passar a responsabilidade para esses garotos. É muito cedo para eles assumirem isso tudo e não pode ser assim”

O maior desagrado de Heriberto no clube é a falta de ação da diretoria no quesito reforços, já que alguns jogadores experientes estão desfalcando a equipe e não há peças de reposição a altura. O comandante colorado explicou que entende o lado de Newton Ferreira e Lúcio Antônio Rodrigues, já que a ordem é não fazer extravagancias e cuidar da saúde financeira do clube.

“Eu sempre vejo o Vila como uma equipe grande, uma equipe de massa, e não culpo a diretoria também, porque é um momento de dificuldade deles, porque ou coloca a casa em dia ou começa a trabalhar no vermelho. É por isso que tá dando essa oportunidade aos meninos, pelo momento que o clube atravessa. Mas tenho que chegar e ver se tem condições ou não tem de buscar as contratações. Eu quero pensar bem, tenho respeito grande pela diretoria e por esses jogadores, a gente não pode deixar eles abandonados”

Dois termos sempre são constantes nas declarações de Heriberto ao tentar explicar o momento: paciência e equilíbrio. A primeira o treinador está quase perdendo de vez com as derrotas e a falta de resposta do time, enquanto que o segundo o treinador precisa para não tomar nenhuma decisão precipitada. Só que Heriberto foi além, destacou que precisaria de contratar outro time para a Série B e não enxerga isso como possível no momento.

“Eu tenho muita paciência, procuro me equilibrar para tomar as decisões, mas chega um momento que as coisas não tão fluindo, e digo isso fora de campo, porque dentro a gente já esperada. A falta do Róbston, do Neto, do Osmar, faz uma falta muito grande e a gente não tem reposição a altura para esses lugares”