Autor do gol do título de campeão goiano do Atlético em 1988, o ex-atacante Fernando Almeida bateu um papo com o Sistema Sagres de Comunicação. Em uma reportagem especial feita pela repórter Nathália Freitas, com participação do comentarista Tim, o ex-jogador atleticano – hoje com 54 anos e que mora em Portugal – está de passagem por Goiânia, onde tem familiares, e no CT do Urias Magalhães, teve a chance de ver como a estrutura do clube melhorou.

“Quem conheceu o Atlético como eu conheci e ver o centro de treinamentos dessa maneira, realmente é muito prazeroso. Fico muito orgulhoso em saber que o Atlético tá com um CT de nível mundial. Posso te dizer que conheço muitos centros de treinamentos e poucos têm a estrutura que o Atlético tem neste momento”, disse Fernando.

Revelado pelo Atlético nos anos 1980, jogou pelo clube de Campinas até 1994, depois se transferiu para o futebol português, onde defendeu vários times. Campeão brasileiro da Série C em 1990, teve seu ápice com a camisa do Dragão dois anos antes, em 1988, quando foi decisivo na conquista do título estadual. Na oportunidade, um quadrangular final entre Atlético, Goiás, Anápolis e Goiatuba, decidiria do o campeão. Na rodada final, contra o Anápolis, no estádio Jonas Duarte, o Dragão poderia ficar com a taça se empatasse o jogo, o que aconteceu graças ao gol salvador de Fernando Almeida.

“No começo do jogo, meu amigo Paulo Nelli perdeu uma bola e o Anápolis fez o gol. Depois tive a felicidade de fazer o gol do empate, que foi do título, mas naquele momento, dentro do campo, foi uma dificuldade porque a gente não tinha informação de nada, não sabia nada do jogo do Goiás, então até o fim foi aquele sofrimento, mas depois foi muito bom”, lembrou.

Resenha com o Tim

Em 1994, seu último ano com a camisa rubro-negra, Fernando Almeida lembrou que o Vila Nova tinha um bom time, cheio de garotos das categorias de base. “Tinha um jogador novo das categorias de base do Vila Nova, com muito talento. Aquele time do Vila Nova era muito bom”, destacou o ex-atacante, fazendo referência a Tim, que no bate-papo, se recordou que a decisão do Goianão naquele ano foi entre Vila Nova e Goiás, justamente quem eliminou a chance do Atlético na final do primeiro turno, quando o Dragão perdeu um clássico nos minutos finais para o esmeraldino no Serra Dourada.

“Nós conseguimos fazer uma partida excelente do Goiás, com vários garotos, o nosso técnico era o professor Paulo Gonçalves, jogávamos pelo empate, mas então aos 45 minutos, o Goiás fez um gol com o Marcelo Baptista. Me lembro como se fosse hoje, da torcida do Goiás abandonando o estádio e a torcida do Atlético gritando é campeão, mas sofremos o gol no fim”, lamentou Fernando, que também explicou porque preferiu continuar morando em Portugal depois de ter encerrado a carreira como jogador de futebol.

“Gosto muito da cidade do Porto, me adaptei, sou casado com uma portuguesa, mas a questão principal que me fez ficar em Portugal, foi minha filha, a Vanessa, que nasceu, mas que infelizmente no parto teve um problema, ela teve paralisia cerebral, e quando aconteceu isso, tudo se transformou na minha vida. Isso fez com que eu não tivesse vontade de voltar para o Brasil, pois a gente contava com uma estrutura médica muito grande”.

Palpite para a decisão

Fernando Almeida vai acompanhar neste sábado (26), do estádio Antônio Accioly, o primeiro jogo da final do Goianão 2022 entre Atlético e Goiás. Questionado sobre favoritismo, não se arriscou, mas vê no momento atleticano, algo que pode fazer com que fique com título.

“Acho que o Atlético vai bem para esta final, tem time pra ser campeão. O Goiás também é uma boa equipe, com tradição, mas creio que o Atlético está subindo de produção na hora certa. Agora, são dois jogos, então dou 50% de chances para cada lado. Sabemos que nesses momentos, alguns detalhes podem decidir um jogo. O meu coração, já sabe, é atleticano”, finalizou.