Uma das surpresas das oitavas de final da Copa do Brasil, a Juazeirense, da Bahia, tem no gol um velho conhecido do futebol goiano: Rodrigo Calaça, 39 anos, que foi determinante na classificação contra o Cruzeiro defendendo duas penalidades.

Em uma entrevista concedida ao programa PUC TV Esportes, o goleiro, revelado no Goiás Esporte Clube, e que depois rodou pelo futebol Brasileiro, fez questão de pedir a apoio de outras tocidas grandes do Brasil, lembrando o feito do Santo André em 2004 quando conquistou o título sobre o Flamengo em pleno Maracanã.

“A Juazeirense, hoje, é a queridinha do Brasil. Tirando os torcedores que hoje têm seu time na Copa do Brasil, se tornou a queridinha porque é a menor equipe, como o Santo André foi naquele ano de 2004, quando, menos os Flamenguistas, torceram por eles. Espero que os torcedores possam abraçar a Juazeirense nesta próxima fase”, brincou Calaça, que ainda lembrava do “sufoco” que foi a eliminação sobre o Cruzeiro.

“Foi um sufoco, né? Do começo ao fim, até aquela bola em cima da linha que o Daniel tirou, depois a bola no travessão, depois conseguimos nossa classificação inédita para as oitavas – de – final da Copa do Brasil. Prá nós foi um motivo de bastante alegria, estamos muito felizes com essa clássificação inédita, pois somos o único time de Série D. Ficaram pra trás grandes equipes, como Palmeiras e Corinthians, e a Juazeirense segue no cenário nacional, o que pra nós é muito gratificante, especilamente por ter eliminado o maior vencedor de Copa do Brasil que é o Cruzeiro”, completou o goleiro.

Futebol do Nordeste

Além da Juazeirense, outros cinco clubes nordestinos estão nas oitavas – de – final da Copa do Brasil: CRB, Vitória, Bahia, Fortaleza e ABC. De acordo com Rodrigo Calaça, fruto da evolução dos campeonatos disputados na região, especialmente a Copa do Nordeste.

“Os campeonatos pelo nordeste têm sido bem disputados, bem fortes, especialmente a Copa do Nordeste, que é uma das maiores competições do Brasil, que dá visibilidade pra muitas equipes. Também dá retorno financeiro, pois o time que vence a Copa do Nordeste já entra na terceira fase da Copa do Brasil, então isso está fortalecendo os times do nordeste”.

Hora de parar

Natural de Catalão, Calaça já tem 22 anos carreira, com pelo menos metade deste período defendendo o Goiás. Portuguesa, Sport, Anápolis, Anapolina, Itumbiara, Santa Helena e Gama também estão no currículo. Pela Juazeirense são 16 jogos realizados em 2021, com previsão de muitos outros pela frente, afinal ainda não pensa em encerrar a carreira.

“Vou fazer 40 no dia 25 de agosto, mas ainda não penso em parar. Enquanto eu reunir condições para poder treinar, jogar, com a mesma intensidade de um garoto que aes´ta começando no futebol, quero continuar. Quando chegarem as contusões, que não consiga ter a mesma força, o mesmo desempenho, aí é hora de parar, mas por enquanto, não”, finalizou.