O técnico do Vila Nova Futebol Clube, Higo Magalhães, reconheceu que se criou uma expectativa no time após o empate e a atuação diante do Vasco, na 1ª rodada da Série B. Até por isso talvez explique as vaias da torcida colorada ao apito final na noite desta terça-feira (12), após o empate diante do Novorizontino. Mesmo assim, o treinador encarou com naturalidade.

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“Na verdade se criou uma expectativa muito grande e forte para que a gente conseguisse a vitória. É natural a resposta do torcedor quando não conseguimos, principalmente, o gol. Criamos algumas possibilidades, não fomos felizes na finalização. Série B vai ser muito difícil, pegamos um time que, por mais que seja uma estreia, valorizaram o empate. Acredito que nós estivemos perto da vitória, fizemos um jogo até sólido, não corremos risco, nossa defesa provou que é sólida. Mas, infelizmente tem dia ou noite que as coisas não acontecem”, avaliou.

Bem postado atrás, o Novorizontino conseguiu, em alguns momentos, neutralizar os ataques vilanovenses. Higo Magalhães explicou que tirou o Rafinha, que é primeiro volante e um jogador de contensão, para tentar furar esse bloqueio dos visitantes.

“Colocamos um falso meia, um atacante com muita mobilidade para fazer o facão e tentar deixar o espaço aberto para o Daniel. Depois, colocamos um meia de criação, com a possibilidade de flutuar nas costas dos volantes, entrar o passe entre linha e ter o chute de média distância, formatação de triângulo pelo lado. Tentamos de todas as formas, infelizmente não aconteceu da forma que queríamos”, afirmou.

Em comparação com a atuação contra o Vasco, para Higo Magalhães, não faltou vontade, nem espírito aos jogadores, mas um pouco de tranquilidade na tomada de decisão da jogada final para concluir.

“Teve alguns momentos que a gente ia dominar a bola com a sola do pé e ela escapava. Outros momentos que a gente tinha ultrapassagem pelo lado, a gente tomava a decisão de ir para o duelo individual. Então, faltou um pouco mais dessa conexão final”, argumentou.

Apesar de ter acertado uma bola no travessão nos minutos finais do jogo, o atacante Jean Silva foi um dos mais criticados pela torcida, que o vaiou em certos momentos. De acordo com Higo, é função dele tentar recuperar o atleta.

“Tem alguns momentos que é natural o atleta oscilar, principalmente. Esse é meu desafio e tentar desafiar que há energia, como dar a volta por cima. O Jean é um jogador que abraçamos porque no momento de sofrimento temos que estar juntos. É um cara querido por todos, não faltou vontade. Acontece de eu errar no plano de jogo, substituições. Somos assim, sujeitos a falhas e nosso desafio é tentar mobilizar para que ele acredite nele mesmo”, explicou.