A biomimética já faz parte do cotidiano das pessoas, ainda que elas não a tenham percebido até agora. A técnica tem ajudado a humanidade a descobrir formas de detectar e combater doenças, a partir da observação da própria natureza.

Leia mais: Biomimética: a natureza enquanto inspiração para soluções na ciência

Leia mais: Biólogo explica a relação entre a biomimética e sustentabilidade

Leia mais: Biomimética: como a odontologia busca aprender com a natureza para melhorar a saúde dental

Nesta sexta-feira (3) o Sagres Em Tom Maior #409 recebe o biólogo Ney Mello, que explica como a ciência criou um dispositivo capaz de identificar células cancerígenas a partir da observação das águas-vivas. Assista a seguir a partir de 00:59:00

“A água-viva inspirou a criação de um microchip capaz de detectar as células cancerígenas usando pouquíssimas gotas de sangue no exame. A água-viva usa os tentáculos para fazer uma triagem de elementos, nem tudo ela vai comer. Ela possui nematocistos que ela atira nas presas para paralisá-las por meio de uma toxina, e ela carrega a comida para dentro da boca. Só que nem tudo é comida. Com os tentáculos ela vai selecionar o que vai precisar”, descreve.

De acordo com Ney Mello, o microchip é capaz de identificar o câncer precocemente, antes mesmo de formar a metástase, a fase mais avançada do câncer.

“Esse microchip é coberto por uma camada de DNA capaz de reconhecer e se ligar às células defeituosas cancerígenas. É como se ele passasse um código de barras para conseguir perceber qual é a célula cancerígena”, afirma.

O biólogo Ney Mello no STM #409 com Dili Zago (Foto: Sagres TV)