A senadora Kátia Abreu, que integra a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira no Congresso disse, em visita a Goiânia, acreditar que o senador Demóstenes Torres deve ser cassado. Na avaliação dela, o ex-colega de partido deve pagar preço alto pelos desvios que cometeu.

“Acredito sim. Toda essa decepção que ele provocou para o povo goiano, para o senado e todo o Brasil, ele pagará um preço alto por isso”, definiu.

Para ela, a convocação dos governadores Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, e Agnelo Queiroz (PT) de Tocantins, não deve trazer fatos novos à investigação. “Dificilmente deve haver alguma novidade. As transcrições já trazem todas as informações que precisamos. Ninguém vai à CPI pra assumir um erro cometido. Teríamos mais condições de arguir se pudéssemos trabalhar um pouco melhor a quebra de sigilos, para encontrar novidades”, avaliou.

“Tenho muita preocupação para não transformar a CPI num ringue político partidário”, completou.

Código Florestal

Kátia, que é presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) esteve na capital para participar de encontro com produtores rurais para debater políticas agrícolas. Ela reconheceu que as mudanças e vetos da presidente Dilma Roussef no Código Florestal não agradam integralmente os ruralistas, mas condicionou.

“Nós julgamos positivo, principalmente pela segurança jurídica que esse código deve trazer. Pelo menos, cada um vai saber se situar. Nesse código atual, os produtores não sabem o que fazer”, comentou.

É uma questão de ideias. A bancada ruralista não está errada. Nós queremos que as peculiaridades sejam definidas em cada região. Terá sempre aqueles que acham que são desfavorecidos e isso faz parte do jogo”, completou ainda.