O Atlético Goianiense iniciou muito bem a temporada de 2021 com campanha irretocável na primeira fase do Campeonato Goiano, classificação na Copa do Brasil e resultados expressivos na Copa Sul-Americana. No entanto, na última semana o time rubro-negro acabou eliminado no estadual, empatou de forma amarga com o Palestino no Accioly e viu o técnico Jorginho pedir demissão.

Agora, a equipe precisará superar as adversidades para mudar o cenário e voltar a vencer para continuar vivo no torneio continental. Nesta quarta-feira (19) o Dragão recebe o Libertad, líder do Grupo F, em partida decisiva que pode deixar o clube goiano em vantagem na busca pela classificação para a próxima fase.

Leia também – Após deixar Atlético-GO, Jorginho diz que postura de presidente é inadmissível: “Tem que entender que não é torcedor”

Leia também – Libertad tem retorno de artilheiro contra o Atlético-GO; veja os convocados para a viagem à Goiânia

Neste duelo, o time estará sob o comando do auxiliar Eduardo Souza assume de forma interina até a contratação de um novo treinador. Em entrevista coletiva antes da partida, o profissional destacou o trabalho feito nos últimos dias e revelou que o primeiro passo é dar confiança e motivação para o elenco.

“O Jorginho já tinha iniciado o trabalho e após a saída dele tivemos três dias de treinamento. Acredito que é dar sequência no que vem sendo feito no Atlético-GO nesses últimos meses, claro que uma ou outra situação que já seria trabalhada por ele por ter a semana cheia, nós procuramos trabalhar também. Temos mais é que motivar os jogadores, sabemos desse momento importante, do jogo decisivo que pode encaminhar nossa classificação para as oitavas-de-final da Sul-Americana. Mais do que isso, é conscientizar e mostrar para os atletas o potencial deles, para que façamos uma grande partida para nos deixar uma vantagem de decidir na Argentina, mas dependendo das nossas próprias forças”, afirmou.

Eduardo Souza também comentou as declarações do presidente Adson Batista, reiterando a confiança da diretoria no trabalho da comissão permanente.

“Todos os profissionais do Atlético-GO têm esse respaldo e as funções bem definidas. Todos os profissionais têm uma cobrança muito grande por parte da direção para que a gente possa contribuir com o clube, com o desenvolvimento dos atletas não só do profissional, como também da base, e contribuir com os técnicos que vem. A gente vê em outros clubes do futebol brasileiro, as vezes os auxiliares não têm uma importância tão grande para a direção, e aqui no Atlético-GO é diferente. Nós somos muito cobrados por resultados, tanto de campo quando de dia a dia, em contrapartida tem essa confiança do Adson”, revelou.

O auxiliar celebrou a oportunidade de estar à frente do time em um jogo tão importante, por uma competição internacional, que pode encaminhar uma classificação inédita para a história do rubro-negro.

“Faz parte da nossa função assumir a equipe nesses momentos. Não é importante só para o Eduardo, mas sim para o clube. Quando iniciou (a caminhada) no sorteio da Sul-Americana o Atlético-GO era visto como a quarta força, um grupo muito difícil com o Libertad que joga muito a Libertadores, Newells’ que é vice-campeão de Libertadores e Palestino, e pelo empenho dos atletas e organização do clube nós chegamos nessa quarta rodada com totais condições de classificação. Para o Eduardo é gratificante fazer parte do Atlético-GO, fazer parte desse momento e poder contribuir, mesmo que de uma pequena forma, para que a gente possa conseguir uma grande vitória”, concluiu.

Sem poder contar com o volante Willian Maranhão, suspenso, e com o atacante Roberson, que está no departamento médico, Eduardo Souza mantém dúvida quanto as escalações do lateral-esquerdo Natanael e do atacante Arthur Gomes. Os dois estava lesionados e começaram a trabalhar com bola no último final de semana, e apesar do pouco tempo trabalhando no campo, não foram descartados pelo técnico interino para o confronto contra os paraguaios.