Sagres em OFF
Rubens Salomão

José Eliton deve ocupar candidatura ao Senado em aliança entre PSB, PT e PSDB

O ex-governador José Eliton participou da convenção estadual do PSB, neste domingo (31), e afirmou que o “PSB estará na chapa majoritária”. O ex-governador ainda não confirma, mas deve retomar participação na campanha deste ano como candidato ao Senado, na composição que reunirá o próprio PSB as federações “Brasil da Esperança” (PT, PCdoB e PV) e PSDB-Cidadania. “Faço chamamento ao PT, ao amigo Marconi, que venha estar presente para ajudar o ex-presidente Lula e Alckmin”, discursou Eliton na convenção.

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“Não busco candidatura, mas sou soldado do partido para o que der e vier”, antecipou o ex-tucano. A convenção do PSB, realizada no Plaza Inn Augustus Hotel, no centro de Goiânia, confirmou a composição de chapas completas para disputas proporcionais, a deputado federal e estadual, mas deixou para depois a definição sobre chapa majoritária. As indicações para governo, vice e Senado foram delegadas à executiva estadual e a decisão ocorre até o prazo final das convenções, nesta sexta-feira (5).

O comando goiano das duas federações e do PSB já têm avanço, nos bastidores, para efetivar a aliança, mas resta saber quem ocupará a candidatura ao governo, já que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) ainda considera a disputa a deputado federal. A mudança daria resposta às cobranças da direção nacional dos tucanos, que pretende ampliar a força política da sigla em Brasília, além de aumentar a fatia da legenda nos fundos eleitoral e partidário, além do tempo de propaganda no Rádio e TV, a partir do próximo ano.

Foto: José Eliton assina ficha de filiação ao PSB. (Crédito: Divulgação)

Cabeça

A ausência de Marconi, se escolher a candidatura a deputado federal, abriria espaço para que o ex-reitor da PUC, Wolmir Amado (PT), seja o cabeça de chapa em aliança que juntaria os partidos PT, PCdoB, PV, PSB, PSDB e Cidadania.

Meta

Com chapas de deputados federal e estadual escolhidas, o presidente estadual do PSB, Elias Vaz, que é candidato à reeleição como deputado federal, afirma que a expectativa é eleger dois federais e três estaduais.

Mais à esquerda

A federação formada por PSOL e REDE em Goiás oficializou neste fim de semana a chapa majoritária para a disputa em outubro. O nome de Cíntia Dias (PSOL) foi confirmado para candidatura ao governo estadual, com Manu Jacob (PSOL) ao Senado. Oex-procurador do Trabalho, Edson Braz (REDE), deve ser confirmado para vice-governador.

Liberdade

Para presidente, a federação decidiu apoio a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas permitir o apoio também ao candidato Ciro Gomes (PDT).

Foto: Luís Macedo/Agência Câmara

Fora!

O presidente da União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), confirmou ontem que tentará um novo mandato na Câmara dos Deputados e que não manterá sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. O aviso havia sito feito um dia antes em grupo de WhatsApp de parlamentares e foi repetido na convenção estadual da sigla em Pernambuco, no Recife.

Rumo

Na convenção, Bivar falou em uma possível aliança com o Podemos no primeiro turno, tendo a senadora Soraya Thronicke (MS) como candidata da União Brasil na corrida ao Palácio do Planalto. Eleita na onda bolsonarista de 2018, Soraya está no meio do mandato no Senado Federal —tem mais quatro anos pela frente.

Presidente da República, Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Alan Santos/PR)

Finanças

O bloqueio total do orçamento federal para 2022 subiu R$ 2,1 bilhões e chegou à cifra de R$ 14,838 bilhões, segundo o Ministério da Economia. Na semana passada, o governo federal já havia elevado o bloqueio em R$ 6,739 bilhões, para R$ 12,74 bilhões. O contingenciamento foi dividido entre diversos ministérios, com o objetivo de cumprir o teto de gastos.

Saúde

O governo federal toma as medidas depois de aprovar verbas acima do teto para o Fundão Eleitoral e para programas sociais durante o período eleitoral, pela PEC Kamikaze. O Ministério da Saúde já tem bloqueados R$ 2,738 bilhões de seu orçamento deste ano, enquanto o Ministério da Educação tem R$ 1,679 bilhão bloqueado.

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