A cidade ignora José Batista Júnior, mas o fato é que sabe muito bem o que é o Friboi. As primeiras sondagens mostram que a pessoa física e a jurídica unidas em um só nome, Júnior Friboi, é conhecida de menos de 20 por cento dos goianienses. Enquanto isso, até os meninos de creche conhecem Iris Rezende e Paulo Garcia. Os idosos da Vila Vida sabem quem é Marconi Perillo, mas só têm ideia de Friboi por causa da despensa.

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No entanto, não é o anonimato o que mais preocupa no empresário. Além de excluído da mente do populacho, Júnior enfrenta a falta de projetos. Um exemplo é o que ele faria na zona urbana de Goiânia, com reflexos no Estado inteiro.

Júnior precisa explicar inicialmente seus projetos para a poluição do ar, o que inclui seu próprio frigorífico. O Friboi empesteia a região Noroeste de Goiânia com fedentina insuportável. É uma incógnita se o eleitor há décadas contaminado pelo mau cheiro vai apoiar o algoz de seu pulmão. Outra questão é a dos currais, não o das vacas, mas os do transporte urbano, que trata o usuário como gado. Júnior vai acabar com os currais? O que Júnior fará quanto ao Veículo Leve sobre Trilho, o VLT? O cálculo de Júnior é manter tudo como está que é para ver como é que fica? Com Júnior no governo, a Metrobus vai continuar ou será tudo VLT?

São muitas as perguntas e nenhuma resposta. Até agora, Júnior não disse a que veio. Quer governar, mas não informa como. Quer mandar, mas não revela os métodos. Por mais ordeiro que seja o povo, ele não vai para o abatedouro como os quadrúpedes. Para eleger, precisa ser convencido. Necessita até de colchão mole, não de conversa mole.

É vital levar a sério propostas como as de Júnior, mas cadê elas?

O governador Marconi Perillo vive seus últimos dias de poder. Para ganhar de Marconi, basta Iris ser candidato ou apontar alguém. Se o indicado for Júnior, paciência, é ele que o futuro nos reserva. Mas cadê as propostas de Júnior? Devem ter sido fatiadas e embaladas a vácuo. No momento, são bifes na mesa de alguém. Ou viraram carne moída, que é como Júnior vai ficar se não começar logo a falar o que quer para Goiás.