Foto: MP-GO

Em julgamento realizado nesta quarta-feira (1º), o Tribunal do Júri de Goiânia condenou a professora Márcia Zaccarelli a 18 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado, pela morte, em 2011, de sua filha recém-nascida e pela ocultação do corpo, que ficou escondido por cinco anos no escaninho do prédio em que morava, no Setor Bueno. Iniciada às 8h45, no Fórum Criminal, a sessão do júri foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, tendo a acusação sido sustentada pelo promotor de Justiça José Eduardo Veiga Braga Filho.

Ao decidir o caso, os jurados entenderam que a acusada era culpada pelo crime, agindo de forma cruel, ao tampar o nariz da bebê até causar-lhe a morte. Concluíram ainda que a ré não possuía perturbação da saúde mental nem doença dessa natureza. A decisão do júri acolheu a sustentação feita pelo integrante do Ministério Público.

Conforme a denúncia oferecida pelo MP, Márcia Zacarelli deu à luz uma menina no dia 15 de março de 2011, após ter escondido a gravidez de familiares e amigos. A criança seria fruto de um relacionamento extraconjugal. Como seu marido já havia feito vasectomia, não havia como dizer que a criança era dele.

Ainda de acordo com a peça acusatória, no dia do nascimento da filha, Márcia, ao sentir as contrações, ligou para um amigo que a levou para o hospital. O amigo ainda pagou para que ela fizesse uma cesárea. Um dia depois, ao receber alta, ela tampou o nariz da recém-nascida, matando-a por asfixia. Em seguida, colocou o cadáver dentro de uma bolsa, e o levou para o apartamento onde morava.

Chegando no local, segundo a denúncia, Márcia envolveu o corpo com pano e saco plástico, depois colocou dentro de uma caixa de papelão e o escondeu no escaninho de seu apartamento. Os restos mortais foram encontrados muitos anos depois, quando seu ex-marido voltou ao prédio para buscar alguns objetos e estranhou o odor de uma das caixas.