(Foto: Câmara dos Deputados)

O líder do Governo na Câmara dos Deputados, Vitor Hugo, disse à Sagres 730 nesta quarta-feira (23) que a ala governista do PSL conversa com um grupo de quatro deputados ligados ao presidente nacional do partido, o deputado Luciano Bivar, para dar estabilidade à liderança de Eduardo Bolsonaro. O filho do presidente Jair Bolsonaro assumiu a liderança nesta segunda-feira, depois de uma guerra política com a ala bivarista do partido. No mesmo dia o então líder, delegado Waldir Soares, anunciou que abria mão da liderança.

Mas a guerra política entre as duas alas continua. Bolsonaro destituiu 12 vice-líderes do PSL e ainda trocou nomes do partido na Comissão de Constituição e Justiça no mesmo dia em que assumiu a liderança. Nesta terça-feira, os bivaristas abriram processo de suspensão do mandato de Eduardo Bolsonaro e mais 18 deputados federais que assinaram a lista que garantiram a liderança ao filho do presidente. Porém os parlamentares conseguiram uma liminar na Justiça para evitar as punições. O juiz Alex Costa de Oliveira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, concordou com a tese da defesa de que as notificações enviadas aos PSL para os deputados estavam incompletas e, por isso, comprometiam o direito de defesa. Com a decisão esses processos ficam parados.

Na entrevista à Sagres, o deputado Vitor Hugo negou que tivesse havido acordo entre o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos Baptista Oliveira, e a ala bivarista do PSL para que fosse escolhido um terceiro nome para a liderança, para evitar a guerra entre Bolsonaro e Delegado Waldir. Vitor Hugo fez duras críticas ao colega delegado Waldir. Diz que ele fez uma liderança “infantil e desordenada” e que prejudicou muito o governo.

O líder do Governo defendeu o filho do presidente da República e afirmou que ele dará estabilidade à bancada e aos projetos de interesse do governo em tramitação na Câmara dos Deputados. Segundo o líder, a eleição de Eduardo Bolsonaro é emergencial. O atual mandato dura até dezembro, quando o partido terá a oportunidade de conservar e encontrar um líder que apazígue as duas alas, prevê Vitor Hugo.

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