Com foco nas eleições de 2022, algumas partidos políticos discutem se serão base de apoio ao atual governador, Ronaldo Caiado, que deve tentar a reeleição, ou se serão oposição. Nos últimos dias as notícias giraram em torno de possíveis candidatos a vice-governador. Quem está no cargo atualmente é Lincoln Tejota (Cidadania), que afirmou em entrevista à Sagres que essa discussão se trata de um processo natural, diante dos “bons resultados” do governo.

Leia também: Saneago avalia “todas as modelagens” para manter serviços em cidades sem licitação

“Todos aqueles partidos que quiserem entregar um estado como nós queremos, que cresce, que olha e acolhe o cidadão, são bem-vindos. Agora, eu particularmente, prefiro deixar essa discussão, se vai ser vice ou não vai, até porque a questão do vice é uma escolha do governador. Na eleição passada vários se lançaram para vice e eu era candidato a deputado federal, mas naquele momento, Caiado viu potencial e me convidou”.

Ouça a entrevista completa:

O vice-governador afirmou que apesar das conversas nos bastidores, ele nunca falou com Caiado sobre 2022 e que a preocupação de ambos está no atual mandato. Para Tejota, o tema ganha força agora a partir de agora, quando os partidos começam a mostrar interesse na composição da base.

A discussão no momento em que o Estado de Goiás enfrenta os efeitos da pandemia da Covid-19 ocorre fora de hora na visão do vice-governador. “As pessoas estão perdendo emprego, estão perdendo a vida e não querem saber dessa parte da política. A população quer a retomada da economia, ela quer saber se os seus familiares vão sobreviver. […] Minha defesa é pelo trabalho e pela capacidade de mudança do eixo político que estamos fazendo”.

Análise do Governo

O vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota, analisou que o Governo tem conseguido alcançar bons resultados, mesmo diante da pandemia e de “um quadro caótico” na questão fiscal. O grande destaque para o político está na regionalização da Saúde, com a implantação de leitos de UTI e enfermaria nas cidades do interior, além da inauguração do Hospital de Urgências de Uruaçu. “Todo mundo fala que a política precisa mudar, que as coisas precisam mudar, mas isso acontece de forma administrativa, através de atos de gestão”.

A administração do governador Ronaldo Caiado tem um componente diferente dos últimos mantados, com as emendas impositivas. Segundo Tejota, isso faz com que os poderes tenham mais independência e leva a política para o lado que ele gostaria de ver.

Leia também: Goiânia planeja salas climatizadas em drive-thrus para aplicação da vacina da Pfizer contra Covid

“Não tem mais aquilo de ganhar emenda só porque é base, todos tem emendas, todos fazem o apontamento que precisam, mas todos tem a consciência de que a construção de um estado e de uma política diferente passa pela mão do legislativo também. E se não fosse o apoio da Assembleia, nós não teríamos chegado onde nós chegamos hoje. Esse momento tem sido muito empolgante, com os poderes trabalhando para construir dias melhores e a relação com a Assembleia nunca esteve melhor”, declarou.

Parceria com Goiânia

O vice-governador contou que desde o início do mandato de Rogério Cruz, o Governo de Goiás tem apresentado pontos que podem ser melhorados na capital. “Governo não faz oposição a governo, então nós estamos nesse momento com a mão estendida para ajudar o prefeito Rogério Cruz em tudo aquilo que for necessário para que Goiânia cresça”.

Portas abertas

Questionado sobre a possibilidade de apoio do MDB e do presidente do partido em Goiás, Daniel Vilela, o vice-governador fez questão de abrir as portas para a sigla. “Eu tive a alegria de ser deputado junto com Daniel Vilela, um cara atuante, que tem vontade de trabalhar e de transformar. Ele é extremamente bem-vindo para a nossa base, assim como o MDB inteiro”.

Assista a entrevista completa no Sagres Sinal Aberto: