Dando continuidade a programação mensal de comemoração do Dia Internacional do Jovem Trabalhador, nesta quinta-feira (7), foi realizada a terceira transmissão com o tema: “30 anos de experiência em Empreendedorismo Social: Experiências em tecnologias sociais, nacionais e internacionais. Como era e para onde leva o caminho?” com o instituidor da Fundação Pró Cerrado e do Sistema Sagres, Adair Meira. A transmissão foi realizada pela Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi) em parceria com o Sistema Sagres e EduJob.

A partir dos projetos ambientais e de sua vocação social na mobilização e inclusão cidadã de jovens, Adair Meira colaborou para a criação do Programa Jovem Cidadão, que tem como base a inclusão social e transformação da realidade de adolescentes em condição de risco e vulnerabilidade social através da educação, capacitação profissional e geração de renda com carteira assinada.

A Tecnologia Social foi reconhecida e premiada em 1999 como Melhor Plano de Negócios Sociais pela Ashoka/Mckinsey. Em 2001, recebeu prêmio Empreendedor Social do Ano, da Schwab Foundation, pela criação da tecnologia de alto impacto social Jovem Cidadão em Genebra na Suíça.

Empreendedorismo Social

Na live, Adair explica melhor a sua percepção quanto ao termo Empreendedorismo Social como aqueles que buscam soluções. “A Ashoka identifica empreendedores sociais que identificam um problema, encontram solução, mudam essa realidade e tem capacidade de impacto para outras regiões. E essa foi a base da inspiração dos empreendedores sociais”, conta.

Indo um pouco além, Adair aborda o termo Negócio Social, desenvolvido por Muhammed Yunus. “Uma coisa muito característica do empreendedor social, e muito característico de nossos dias hoje, é: Qual o problema que tem e qual solução eu posso ser”, define Adair. Segundo ele, foi assim que Muhammed Yunus, economista ganhador do prêmio Nobel da Paz, identificou a necessidade de um grupo e solucionou o problema, criando assim, além do empreendedorismo social o negócio social.

Adair explica que Muhammed Yunus é identificado atualmente como banqueiro, mas que usa isso a favor do bem da sociedade. “Ele é mesmo um banqueiro. Tem um grande banco e empresta dinheiro para milhares de pessoas, mas ele não é um banqueiro típico. Ele usou o meio banco para solucionar um problema social e criou um negócio social”, define.

Assim, ele compara ao trabalho realizado pela Fundação Pró Cerrado e pela Renapsi. “Registrar a carteira de trabalho foi quase um pioneirismo nosso, há quase 30 anos”. A instituição prepara jovens para o mercado de trabalho com cursos e palestras e os inserem em empresas parceiras. Desta forma a instituição identifica uma necessidade dos jovens aprendizes em ter um emprego e junta às necessidades do mercado de trabalho.

O que é esperança?

Questionado sobre o termo esperança na live, Adair conceitua o termo como “uma música que soa dentro de nós”. Ele defende ainda que os exemplos de esperança estão em crianças e vizinhos.

“Um dos diferenciais para o futuro é quem vai conseguir conjugar a esperança com ações para que possamos buscar aquilo que chamamos de nova realidade ou novo momento. Que ainda é um pouco cedo para teorizar e outros países já estão vivendo”, ressalta.

Por fim, questionado durante a transmissão, por um dos jovens, Adair avaliou os aprendizados do momento de pandemia e ressaltou “um caminho errado é pensar só no caminho que pode trazer uma solução só para mim. Ou conjugamos o verbo no plural, que é nós, ou seguramente não terá solução”.

Outras Edições

A primeira transmissão, realizada no dia 24 de abril, reuniu egressos e atuais integrantes do programa de aprendizagem para a troca de experiências. A jornalista Letícia Martins, ex-integrante do programa, foi uma das participantes da programação.

No último dia 30, a segunda transmissão teve como Inteligência Emocional e saúde mental no Trabalho e em tempos de Quarentena. Os jovens aprendizes interagiram com especialistas da área de psicologia e assistência social.