Nesta sexta-feira (19), após duas semanas de atividades voltadas para a recuperação física dos jogadores, o Goiás retornou a fazer trabalhos coletivos com a bola. Segundo o gestor de futebol esmeraldino Túlio Lustosa, esta é a segunda etapa do protocolo dos treinamentos, com o elenco dividido em grupos de oito atletas com a supervisão da comissão técnica.

Fato que deixou o atacante Lucão, protagonista da coletiva de imprensa desta sexta, empolgado. Ansioso pelo retorno das competições e para melhorar os seus números na temporada – foram dois gols marcados em sete partidas no primeiro trimestre do ano -, o jogador de 28 anos destacou que “estamos trabalhando muito duro”.

Segundo o centroavante, “cada volta é um novo recomeço e temos a oportunidade de se preparar e capacitar. Farei o meu melhor, porque quero estar em grande forma para contribuir com muito para a nossa equipe, para que possamos largar bem e fazer uma excelente campanha no Brasileiro e no estadual”.

Com o Campeonato Goiano de volta ou um torneio amistoso em julho, “queremos jogar, estamos loucos para poder voltar a trabalhar. Se puder voltar o Goiano, ou se não e fizer algum torneio, vamos jogar como de for oficial. Se voltar o Goiano, vamos jogar com tudo para conquistar. A vontade é tão grande, que ficamos ansioso nesse momento de expectativa, mas queremos jogar de qualquer forma”.

Enquanto os jogos não retornam, o Goiás negocia uma redução de salário em virtude das receitas escassas durante o período de inatividade. Lucão afirmou que “é um assunto que resolvemos sempre em grupo. Sempre que podemos ajudar, estamos colaborando. É um momento de dificuldade para todos, que afetou todas as áreas, e temos dado a nossa contribuição. Espero que isso se normalize logo e que possamos voltar a jogar”.

Por outro lado, o clube segue as cobras no estádio Hailé Pinheiro e a construção da nova arquibancada leste. No setor, serão instaladas cadeiras, e o Goiás criou uma campanha para o torcedor contribuir com doações. A ação já soma mais de 430 vendas e um valor superior a R$ 170 mil, inclusive com a ajuda de jogadores, como o próprio Lucão.

O atacante destacou que “essa iniciativa do Goiás é muito boa. Eu, como torcedor esmeraldino, desde pequeno tenho uma história aqui no clube, em que um dia estive aqui como um teste e hoje visto a camisa, realmente é uma oportunidade que não pude deixar passar em branco. Não só para mim, mas para a minha família”.

“Futuramente, o meu filho virá aqui para ver os jogos, quem sabe até jogar, e será legal ele ver uma lembrança ali, com o nome gravado na cadeira, e saber que o pai dele fez parte disso e colaborou para a construção do estádio. É uma coisa que faço de coração, e tenho um amor muito grande pelo Goiás”, acrescentou.