Na última terça-feira (30), durante o programa Hora do Esporte, da Sagres 730, os dirigentes dos clubes de Goiânia deram os seus posicionamentos acerca da última decisão do governo estadual, que decretou novo período de quarentena no estado.

Por outro lado, a ‘bancada da bola’, formada pelos vereadores Romário Policarpo, Zander Fábio e Welington Peixoto, além dos deputados estaduais Vinícius Cirqueira e Henrique Arantes, voltaram a articular para garantir que os treinamentos dos clubes não sofram consequências com a previsão do Campeonato Brasileiro iniciar em agosto.

Ao ser questionado sobre o Goiás apoiar a iniciativa dos parlamentares, algo que já acontece com Atlético Goianiense e Vila Nova, o presidente esmeraldino Marcelo Almeida afirmou desconhecer o movimento e acrescentou que ““ignoro esse tipo de coisa. Entra em uma movimentação política, que sou contra. Não cabe, no momento, decisões políticas para o problema que estamos vivenciando”.

Já Romário Policarpo, que além de presidente da Câmara Municipal também atua como diretor de comunicação do Vila, defendeu que “o Goiás é um clube fora da curva, uma equipe que desconhece as realidades das outras equipes goianas, ele vive uma realidade diferente. O trabalho que faço aqui, junto com os outros vereadores, é muito mais baseado naquilo que Atlético, Vila Nova e Goiânia desejam e procuram os vereadores”.

Marcelo Almeida, presidente do Goiás, durante resposta a Romário Policarpo (Foto: Reprodução/Internet)

Na manhã desta quarta-feira (1º), durante sessão da assembleia legislativa de Goiânia, o vereador voltou a destacar de forma mais enfática que vê importância no que Marcelo Almeida fala. Por sua vez, em reação ao comentário de Policarpo, o presidente do Goiás afirmou que “me causou muito espanto pelo fato de que um vídeo como esse, um vídeo baixo e mal-educado, não mostra que aquela pessoa representa o povo”.

“Confesso que desconheço quem são os representantes dessa chamada ‘bancada da bola’, que não defende o interesse da população. Ele está defendendo o interesse particular e querendo, simplesmente, aproveitar de uma situação e se associar ao Vila Nova para angariar votos”, frisou o dirigente, que acrescentou ser amigo dos últimos presidentes do Vila Nova e que ofereceu a estrutura do CT Coimbra Bueno, em Aparecida de Goiânia, para o clube colorado.

Em nova resposta na Sagres 730, Romário Policarpo ponderou que “é muito fácil ficar na posição do Marcelo, como ele ficou quando foi ajudado por esses parlamentares, que correram atrás para a liberação dos treinos, mesmo ele trabalhando contra isso, e desmerecer o trabalho daqueles que foram eleitos pelo povo. Vou continuar com a seriedade que sempre trabalhei, defendendo o comércio e o futebol, que foram as pessoas que me elegeram para que eu possa fazer isso”.

Após escutar a reação do presidente do Goiás, comentou que “o Marcelo está confundindo as coisas. Eu não falei como dirigente do Vila, falei como parlamentar, porque ele disse que eu estaria junto com esses vereadores fazendo politicagem em momento de pandemia, então ele desconhece o trabalho que é feito dentro dessa casa. Não desrespeitou só a mim, ele tem que pegar as falas dos outros vereadores também, porque não foi só eu que manifestou”.

Policarpo questionou ainda o fato de Marcelo “desconhecer os vereadores e essa ‘bancada da bola’, mas quando foi reunir com o prefeito Iris Rezende foi através dessa bancada que chegou até lá para poder conversar”. Sobre usar sua ligação com o Vila Nova, ressaltou que “sou diretor do Vila Nova há seis meses e fui eleito três anos e meio atrás. A minha história política nunca passou pelo Vila Nova. Eu presto serviços ao Vila Nova, não retiro nada do Vila Nova e não fiquei conhecido por causa do Vila Nova”.

Confira abaixo um trecho da fala do vereador Romário Policarpo em sessão plenária da Câmara Municipal de Goiânia nesta quarta-feira (1º) e a resposta de Marcelo Almeida