Em maio, os clubes de futebol em Goiânia trabalharam junto aos vereadores Romário Policarpo, Zander Fábio e Welington Peixoto para retornarem ao treinamentos, o que aconteceu neste mês. Assim se formou a ‘bancada da bola’ na Câmara Municipal, que voltou a reunir com o prefeito Iris Rezende acerca da continuidade das atividades dos clubes após novo decreto do governo estadual.

Policarpo, que também é diretor de comunicação do Vila Nova, ponderou que “os atletas estão em isolamento e sendo testados a cada 15 dias, os treinos acontecem em um ambiente seguro e estamos seguindo protocolos até mais rígidos do que aqueles que a própria prefeitura de Goiânia sugeriu”. Na sua visão, caso os clubes sejam impedidos de treinar, “pode haver um prejuízo muito grande para as equipes no cenário nacional, com a CBF sinalizando para o retorno das competições a partir do meio de agosto”.

Treinar em Aparecida de Goiânia ou outra cidade, como cogitado pelo Atlético Goianiense, “é sim uma possibilidade. O Vila Nova aguardará o posicionamento da prefeitura, mas entendemos que cada cidade tem a sua peculiaridade e nesse momento, por exemplo, Aparecida de Goiânia entende que pode haver treinos. Assim como Goiás e Atlético sondaram, o Vila Nova também estuda outros locais para treinamento”.

“Caso a CBF siga com esse calendário, é impossível um clube de futebol voltar a disputar uma competição nacional com 15 dias de treinos, e seria isso que aconteceria caso os clubes ficassem impossibilitados de treinamento. O presidente Hugo (Jorge Bravo) está buscando outras formas do Vila Nova continuar fazendo a preparação dos atletas”, acrescentou. Diferente dos seus rivais, na Série A, a diretoria colorada não tem nem mesmo uma previsão do início da Série C do Campeonato Brasileiro.

Sobre o presidente do Goiás, Marcelo Almeida, ter afirmado desconhecer a ‘bancada da bola’, Romário Policarpo frisou que “o Goiás é um clube fora da curva, uma equipe que desconhece as realidades das outras equipes goianas, ele vive uma realidade diferente. O trabalho que faço aqui, junto com os outros vereadores, é muito mais baseado naquilo que Atlético, Vila Nova e Goiânia desejam e procuram os vereadores. O Goiás não precisa da ajuda de ninguém, é um time bem estruturado e por isso segue a vida dele sozinho”.

O presidente da Câmara Municipal voltou a reforçar que “não trabalho nesse momento ouvindo o Goiás, até porque o Goiás não se predispõe a ouvir ninguém. Eles têm a forma deles de agir, eu respeito, sou dirigente do Vila Nova e tenho que me preocupar com a minha equipe. O presidente Adson tem um acesso graças ao vereador Zander, que é meu amigo e criamos um vínculo, e por isso montamos essa bancada para defender os interesses dos clubes daqui”.

Se o decreto do governo estadual valer para os clubes da capital, caso a prefeitura siga exatamente as definições, e sobre a hipótese de seguir treinando por duas semanas e depois parar, ou parar agora e voltar depois, o dirigente ressaltou que “não sou a favor de nenhuma das duas hipóteses. Ou para de vez os treinos e a CBF suspende o campeonato, ou deixa os clubes treinarem até a chegada do torneio”.

“Botar os atletas para treinar 14 dias agora ou parar e treinar depois o preparo físico será ineficaz para o início do campeonato. Ou suspende o início dos campeonatos, e digo que sou contrário ao começo do Campeonato Brasileiro já no mês de agosto, porque cada estado vive uma peculiaridade e não dá para prever como estará daqui 30 dias, ou autorizamos os clubes a treinarem se forma segura e equilibrada como está sendo feito”, completou.