Sagres em OFF
Rubens Salomão

Marconi contra-ataca e diz que goianos vão decidir entre “tempo bom e tempo ruim”

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) rebateu críticas feitas na última semana pelo governador Ronaldo Caiado (UB) e o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSD). O tucano aponta que os ataques recentes são uma reação dos adversário à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que devolveu os processo da Operação Cash Delivery à Justiça Eleitoral, o que, na prática, encerra as acusações. “Isso acontece logo após a Justiça desmascarar as denúncias feitas contra mim em 2018”, escreve.

Em “mensagem aos goianos”, Perillo ensaia retorno à disputa pelo governo estadual e volta a defender as ações dos governo do PSDB. “Se os ataques, calúnias e baixarias aumentam, as eleições vão permitir ao povo goiano separar o tempo bom do tempo ruim. O tempo de conquistas com este agora, de chicote na mão. Claramente o objetivo é tentar apagar da memória dos goianos o que, juntos, construímos de bom”, considera.

Na tentativa de ressaltar o “legado” tucano na administração estadual, Marconi cita “programas sociais que viraram referência nacional, como o Bolsa Universitária (semente para o Prouni) e o Renda Cidadã (para o Bolsa Família)”, além da construção de hospitais, “a exemplo do CRER, do HUGOL e Hospitais de Urgência de Anápolis, Sudoeste, Aparecida de Goiânia e Uruaçu”, e ações na Educação, Saúde e Infraestrutura.

Memória

Na última semana, Caiado e Lissauer retomaram críticas e ataques à gestão passada, sem citar diretamente o ex-governador. “Um governo, antes de tudo, tem de ser humanitário, tem de tratar vidas, tem de dar dignidade para todos os 7,2 milhões de goianos. Quem rouba dinheiro de escola, de saúde, de segurança, de programa social, não pode ir para a urna”, declarou o governador.

Herança

Caiado retoma discurso de que herdou a gestão, em 2019, com R$ 6,8 bilhões em dívidas de curto prazo e sem recursos para quitar a folha dos servidores. Já o presidente da Alego mencionou o que chamou de “problemas” da gestão do tucano no Estado.

Retrocesso

“O povo goiano não quer voltar anos atrás”, disse Lissauer. Ele completou a frase citando “corrupção” e “falcatruas” ocorridas durante a gestão de Marconi Perillo à frente do governo estadual. Além disso, apontou que o tucano deixou obras inacabadas pelo Estado.

Avanço

O pré-candidato a governador, Gustavo Mendanha (Patriota) avançou junto à direção nacional do Republicanos para garantir o apoio da cúpula da sigla em Goiás, depois de reunião com o presidente nacional, deputado federal Marcos Pereira, em São Paulo. O ex-prefeito de Aparecida espera para hoje evento para oficializar a aliança.

Objetivos

A direção nacional mede as possibilidades na base caiadista e avalia que são melhores as chances do deputado federal João Campos, presidente regional do partido, como pré-candidato ao Senado na chapa de Gustavo.

Divisão

João Campos, no entanto, enfrenta divisão na sigla, já que o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, e os deputados estaduais Jeferson Rodrigues e Rafael Gouveia, devem continuarão lado do governador Ronaldo Caiado, o que ameaça as perspectivas do Republicanos para a eleição a deputado federal.

Preferências

Ainda na sexta-feira, o deputado Jeferson Rodrigues considerada: “No meu ponto de vista, vejo que hoje ele tem uma tendência de caminhar com Gustavo Mendanha, embora eu acredite que seria melhor ele caminhar com Caiado”.

Presidentre do TSE, ministro Edson Fachin. Foto: Antonio Augusto/secom/TSE

Resposta

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou ao Ministério da Defesa que trabalha “para garantir eleições limpas, justas e seguras, em que o desejo da população, expresso por meio do voto, seja respeitado e cumprido dentro do Estado Democrático de Direito”.

Pedido

A Defesa enviou ofício ao TSE com considerações sobre o sistema eleitoral. Entre elas, o pedido para que fosse facilitada a auditagem nas urnas eletrônicas por partidos políticos e reiterando sugestões já feitas no passado para “aperfeiçoar a segurança e a transparência do processo eleitoral”, segundo a pasta.

Mais lidas:

Leia também: