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Rubens Salomão

Marconi rejeitou aliança com PT em Goiás, proposta por Lula, por temer desgastes

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Em meio ao processo de construção de estrutura política para a disputa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), em outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem conduzido pessoalmente acordos que privilegiam possíveis aliados em disputas regionais, em detrimento de nomes próprios do PT. A intenção é solidificar alianças para um eventual segundo turno na disputa presidencial e a recente ofensiva do ex-presidente a figuras históricas do PSDB, como Geraldo Alckmin e José Serra, incluiu proposta para aproximação entre petistas e tucanos em Goiás.

Lula chegou a propor ao ex-governador Marconi Perillo a formação de uma aliança ampla para barrar a reeleição do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Após 14 anos sem falar com Lula, Perillo alegou, porém, dificuldades de explicar ao seu eleitor uma coligação com o PT. Apesar das especulações de que poderia voltar a um pleito ao governo estadual, depois de vencer todos os quatro que disputou, o ex-governador deve disputar o Senado pelo PSDB, ou uma cadeira na Câmara dos Deputados.

“Tenho uma história no PSDB e pagaria alto preço se desviasse minha biografia por conta de um projeto de curto prazo”, disse Marconi ao jornal Folha de S. Paulo, sobre a possibilidade de aliança com o PT no estado. O Partido dos Trabalhadores integrou a oposição ao marconismo desde sua ascensão, em 1998, até a queda, em 2018. Agora, as circunstâncias colocaram as duas siglas na oposição a Caiado.

Foto: Ex-governador Marconi Perillo e ex-presidente Lula, em encontro em Brasília. (Crédito: Divulgação)

Palanque

O PT nacional trabalha com a perspectiva de lançar apenas cerca de dez candidatos a governador nas próximas eleições, um dos menores números ao longo dos 42 anos. Nos outros estados, como em Goiás, a prioridade ainda é a consolidação de palanques consistentes para a eleição e a governabilidade, em eventual gestão petista.

Nome próprio

As conversas para composição de acordo e palanque forte de Lula em Goiás ainda não encontraram parcerias sólidas e os petistas goianos ainda trabalham com o plano A: candidatura própria ao governo do ex-reitor da PUC, Wolmir Amado.

Foto: Pré-candidato petista ao governo estadual, Wolmir Amado. (Crédito: Divulgação/PUCGO)

Contra aumento

A seccional goiana da OAB avisou que entrará com recurso contra a decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), que autorizou o aumento das taxas cartorárias sobre bens de heranças em Goiás.

Decisão

O presidente da OAB-GO, Rafael Lara Martins, apresentou ontem o tema que foi acolhido de forma unânime pelos conselheiros na 1ª Sessão Ordinária do Conselho Seccional. “Temos como missão atuar juntos na defesa da cidadania no estado de Goiás. Por isso, é indispensável a nossa intervenção neste tema”, afirma Rafael Lara.

Membros

O Grupo de trabalho designado para desenvolver o recurso será formado pela secretária-geral adjunta Fernanda Terra, o procurador-geral da Ordem e conselheiro seccional José Carlos Issy e as conselheiras seccionais Ana de Castro e Eleia Alvim, além do procurador tributário Simon Riemann.

Instâncias

De acordo com o procurador-geral e conselheiro seccional, José Carlos Issy, o recurso possivelmente será encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Superior Tribunal Federal (STF).

Foto: Reunião do Conselho Seccional da OAB/GO, que definiu por recorrer de aumento. (Crédito: Divulgação/OABGO)

Segundo lugar

Goiânia é a segunda colocada no ranking de cidades com mais mortes por covid-19, proporcionais à população. A capital goiana tem 469,5 óbitos a cada 100 mil habitantes e tem registrado um dos maiores índices de positividade para novos casos do país.

Proporcional

A cidade do Rio de Janeiro segue disparada na primeira posição, 531,8 mortes por covid a cada 100 mil habitantes. Na rabeira da lista entre cidades com mais de 1 milhão de habitantes está São Luiz, com 237 óbitos a cada 100 mil habitantes.

Foto: Rodney Miranda (SSP), discursa em apresentação de índices de criminalidade. (Crédito: Hegon Corrêa/Divulgação)

Nem sabe

Questionado pela Sagres, o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, afirma que não sabe se será candidato a deputado federal. Para ser, deve deixar o cargo, no máximo, até o dia 2 de abril. O prazo de desincompatibilização é o mesmo para a definição de filiação partidária.

Precisa?

“Não sei. Vou ainda conversar com o governador, mas ainda tenho tempo para pensar nisso. Hoje, eu não tenho disposição, não. Agora, se o governador precisar de mim, eu estou à disposição”, respondeu Rodney.

Foto: Rodney cumprimenta Caiado no mesmo evento, no Palácio Pedro Ludovico. (Crédito: Hegon Corrêa/Divulgação)

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