A eliminação foi um golpe duro demais, tamanha a superioridade do Atlético em três dos quatro tempo do confronto contra o ABC. Mas, o fato é que o Dragão está fora da Copa do Brasil após perder para o time potiguar por 2 a 1 e o técnico Marcelo Martelotte, que foi um dos alvos da ira da torcida, não assumiu a responsabilidade sozinho pela eliminação. O treinador acredita que, como o futebol é um esporte coletivo, todos no clube tem parcela nessa história.

“A contra é coletiva, a conta que a gente tem no futebol do Atlético é coletiva e não individual. É conta pessoa jurídica, não é pessoa física. É nessa conta que cai a eliminação, no coletivo. É responsabilidade minha, dos atletas, da diretoria, cada um assumindo parte da responsabilidade. No futebol é assim que funciona, mesmo em algumas partidas, que não foi o caso hoje, existem falhas individuais e o futebol não é um esporte individual”

Desde o fim do 1º tempo, alguns torcedores, principalmente os que estavam na tribuna da diretoria, próximos à Adson Batista, já gritavam contra o treinador e contra dois jogadores em específico: Pedro Bambu e Fábio Lima. O camisa 10 era o mais hostilizado, apesar de ter feito um bom 1º tempo, e foi substituído por Eusébio no momento que o ABC empatou a partida. Martelotte explicou que Fábio Lima já não cumpria a função de forma aceitável.

“A saída do Fábio foi uma opção minha, eu achei que ele caiu de rendimento. A recomposição que eu pedia já não estava acontecendo mais e eu optei pela saída e estava optando com nosso time ganhando por 1 a 0. Entendi que, como o rendimento dele tinha caído, mesmo com o 1 a 1, não havia a possibilidade da permanência dele em campo”

Sequencia

A derrota aumenta a sequencia sem vitórias da equipe rubro-negra, que agora é de seis partidas, e já começa ameaçar o trabalho de Martelotte. O Atlético volta a campo no sábado, às 21h, no Serra Dourada, e o comandante rubro-negro, mesmo com a pressão em cima, garante que o momento é de trabalhar mais e dar uma resposta o quanto antes para o torcedor.

“Tem que ser uma reação imediata. Você tem que ter esse tipo de reação dentro do próprio campeonato, porque se joga no sábado, na terça, e você tem que ter a reação nesse momento também, em uma eliminação de Copa do Brasil, e precisa reagir o quanto antes. No sábado, já tem um jogo importante e a necessidade de recuperação”