A variante Ômicron da Covid-19 se faz presente no Brasil desde o final do ano passado. Sendo assim, a cepa circula no país há dois meses. O médico e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Saldiva, que tem atuado na linha de frente no combate à pandemia, fez um balanço da Ômicron no Brasil.

“O que é de novidade é a maior eficiência em infectar o outro. Ela tem uma capacidade de transformar, quando você entra em contato com ele, de causar uma doença é muito maior, cerca de três vezes superior às outras. Por outro lado, ela é um pouco menos agressiva. Esse aumento de mortes expressivo ocorre em pessoas predominantemente que não completaram o esquema de imunização ou sem dose nenhuma”, explicou.

Paulo Saldiva afirmou que trabalha no combate à pandemia desde março de 2020, fazendo autópsia em pessoas que faleceram em decorrência da Covid-19. “As famílias concordam em muitos casos e a gente identifica as lesões que ocorrem nos órgãos e com uma agulha retiramos um fragmento. A Ômicron faz exatamente o que a Delta e Gama faziam, atinge todos os órgãos, mas ela tem uma lesão um pouco menor, suficiente para levar as pessoas à UTI e morte”, destacou.

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