Em entrevista à Sagres 730 nesta sexta-feira (2), a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, explicou que Goiás está acompanhando o desenvolvimento de quatro vacinas contra a covid-19, mas ressaltou que ainda é cedo para dizer que será o “fim da pandemia”.

“Uma vacina, por mais rápido que seja a produção, demora quatro anos. Em relação ao coronavírus está sendo um avanço na ciência, mas a gente precisa entender que para colocá-la no mercado, ela precisa ter segurança de que vai ser eficaz e não terá efeitos adversos”, disse. “Não podemos entender que a vacina será a salvação e o fim da pandemia, é muito cedo para falar isso”.

Além disso, Flúvia afirmou que o Estado está tendo muita cautela em relação às vacinas e acompanhando os resultados junto com o Ministério da Saúde. “Temos acompanhados as fases da vacina, existe por parte do Ministério da Saúde a compra de milhões de doses por duas fábricas. Mas caso haja a disponibilidade de uma vacina segura, existe a possibilidade de compra fora de Ministério”.

A superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás reforçou que mesmo após a vacina, as medidas de segurança deverão permanecer. “Não vai ter vacina para todos ao mesmo tempo, a tendência é que pessoas do grupo de risco sejam as primeiras a receberem as vacinas. Além disso, a maioria das vacinas são duas doses, entre outros questionamentos”, reforçou.

De acordo com Flúvia, o Estado acompanha as principais vacinas: a vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com a Fiocruz; a Sinovac, com o Instituto Butantã, de São Paulo; a Johnson & Johnson, desenvolvida com o laboratório Janssen; e a Pfizer, que é uma indústria americana. “Todas as pesquisas e produções estamos acompanhando, para analisar as possibilidades, mas tudo com muita cautela. Porque tudo é muito novo, tando a doença quanto a vacina”.