O Ministério Público de Goiás (MP-GO) expediu nesta sexta-feira (19) uma recomendação ao secretário-geral de Governadoria, Adriano da Rocha Lima, e ao presidente da Metrobus, Francisco Caldas, para que suspendam a circulação dos ônibus com mais de cinco anos de operação no Eixo Anhanguera. Na recomendação, a promotora de Justiça Leila Maia de Oliveira argumenta que este período de uso é considerado uma média segura para circulação de veículos que prestam esse tipo de serviço.

A promotora solicita ainda que ”não sejam adquiridos veículos ou se permita a utilização de ônibus sucateado no transporte público operado no Eixo Anhanguera, com idade acima do limite de cinco anos, proveniente de outra unidade da federação, por questão de segurança aos usuários”, e recomenda também ao presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu, que fiscalize a idade média dos ônibus em operação no Eixo Anhanguera, com elaboração de relatório de fiscalização.

Segundo Leila Maria, por força do contrato de concessão, a concessionária está obrigada a manter os veículos de sua frota com observância das idades médias admitidas, conforme definidos no Regulamento Operacional do Sistema Integrado de Transporte da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos da Região Metropolitana de Goiânia (SIT-RMTC).

Leila Maria cita ainda que está em trâmite na 50ª Promotoria de Justiça notícia de fato iniciada a partir de representação da direção do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindcoletivo). Nesta representação, foram feitas denúncias que apontam possível sucateamento da frota utilizada no Eixo Anhanguera.

Por fim, a promotora citou a morte de uma estudante na queda de um ônibus do Eixo Anhanguera, ocorrida na última quinta-feira (18) após a porta do veículo se abrir enquanto estava em movimento. Leila Maria orienta que a recomendação seja cumprida imediatamente.

O Sagres Online solicitou posicionamento à Metrobus, à secretaria de Governo do Estado de Goiás e à CMTC, a respeito da recomendação do MP-GO, e aguarda respostas. O espaço segue aberto.

Leia mais