Durante a abertura da 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas em Dubai nesta quinta, 30, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou que 2023 é o ano mais quente da história. A informação consta no relatório sobre o “Estado do Clima Global” e foi divulgada durante a cerimônia que marca o início das discussões nos Emirados Árabes Unidos.
“O recorde mensal de temperatura global foi mais uma vez quebrado em outubro, dando continuidade a uma longa série de temperaturas extraordinárias na superfície terrestre e oceânica e baixo nível de gelo marinho”, apontou a OMM.
Segundo o documento, “os dados até o final de outubro mostram que o ano de 2023 está em torno de 1,4ºC acima da linha de base pré-industrial de 1850-1900”. O mês de outubro foi o quinto consecutivo a registrar temperaturas recordes em todo o mundo e o sexto em que o gelo marinho da Antártida ficou abaixo do padrão para a época do ano.
Colapso Climático
Com a estimativa de viver o ano mais quente da história, a ONU afirma ainda que a humanidade caminha para um colapso climático. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que estes recordes de temperatura deveriam “fazer os líderes mundiais suarem frio” e que “isto é mais do que apenas estatísticas”.
“Corremos o risco de perder a corrida para salvar nossas geleiras e frear o aumento do nível do mar”, afirmou. A agência tem feito apelos a novos recordes na ação climática.
Informações divulgadas pela OMM no início do mês de novembro indicavam que o fenômeno El Niño, que influencia na ocorrência de eventos climáticos extremos em todo o mundo, inclusive no Brasil, deve durar ao menos até abril de 2024. A agência afirmou que o fenômeno se desenvolveu rapidamente em 2023 e pode atingir seu pico no primeiro semestre do ano que vem.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática
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