Começou nesta quinta-feira (30) a 28 Conferência Anual da ONU sobre o clima (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O principal objetivo do evento é que os 195 países participantes mostrem quais avanços alcançaram em relação aos objetivos estabelecidos em 2015 pelo Acordo de Paris.

De acordo com estudos científicos publicados até o momento, o Global Stocktake – que monitora a implementação do Acordo de Paris – o saldo deve ser negativo.

A conferência foi aberta pelo presidente Sultan Ahmed Al Jaber – ministro da Indústria dos Emirados Árabes Unidos e enviado especial para as mudanças climáticas – que esteve envolvido em polêmicas, tanto por ser CEO da empresa estatal de petróleo Adnoc, quanto por supostos negócios com delegações governamentais estrangeiras relacionados a hidrocarbonetos.

Discursos dos chefes de Estado e de Governo, com 150 previstos, devem marcar as atividades dos dias 1º e 2 de dezembro. Já o Papa Francisco, que deve se ausentar por questões de saúde, será representado pelo Secretário de Estado do Vaticano, o Cardeal Pietro Parolin, que em 2 de dezembro deve falar sobre os pontos para tornar menos graves os impactos das mudanças climáticas, prevenindo ou reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.

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Alerta

Há alguns dias, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, fez um alerta para que “os líderes interrompam o ciclo mortal do aquecimento global”, ponto fundamental para levar a um aumento catastrófico de três graus Celsius até o final do século, o que significaria uma série de consequências desastrosas para o planeta, com eventos meteorológicos extremos.

Superpotências

A COP28 está programada até 12 de dezembro com 70 mil participantes, inclusive com enviados especiais dos EUA, John Kerry, e da China, Xie Zhenhua. Os dois países são protagonistas no encontro, afinal são os maiores produtores de 40% dos gases de efeito estufa emitidos no planeta.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni discursa no dia 1º de dezembro sobre medidas para prevenir ou minimizar os danos, um tema considerado de grande importância para os países em desenvolvimento e a África, para os quais a Itália está comprometida com o Plano Mattei e grande parte do fundo italiano para o clima, no valor de 4,2 bilhões de euros.

Outros temas

Outros temas-chave da COP vão tratar sobre o fundo “Loss & damage” para compensar as perdas e danos climáticos nos países mais pobres, além do investimento de 100 bilhões por ano até 2025 para apoiar as economias em desenvolvimento.

O texto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima e o ODS 17 – Parcerias e meios de implementação.

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