O agravamento da guerra entre Rússia e Ucrânia tem levado especialistas no assunto a afirmarem que não é uma questão de se vamos, ou não, entrar em uma crise global de alimentos, mas qual será extensão dessa crise.

Para analisar e explicar o tema, o Sagres em Tom Maior, desta quinta-feira (21), ouviu no quadro Sagres Internacional o historiador e professor de geopolítica, Norberto Salomão, que segundo ele, há uma preocupação muito grande com a segurança alimentar no mundo.

“O Brasil, os Estados Unidos, a China, que são grandes produtores agrícolas, de alimentos, também de proteína animal, e a gente está observando que, até mesmo antes da guerra da Rússia contra a Ucrânia, já estava havendo um problema sério na questão dos fertilizantes, em função da logística, do aumento do petróleo, porque alguns desses insumos são derivados do petróleo, como por exemplo o nitrogênio, produzido do gás natural”, destacou.

Sendo assim, Norberto Salomão apresentou alguns dos fatores que já provocavam uma crise de alimentos, antes mesmo de estourar o atual conflito na Europa. Agora com a guerra, o historiador explica que o problema se intensificou.

“A Rússia, que é uma grande produtora de gás natural, é uma importante produtora também de nitrogênio e exportadora desse produto importante para os fertilizantes. Mas, o problema mais sério, diz respeito ao fósforo e ao potássio, principalmente. A Rússia é uma das grandes produtoras de potássio, a Belarus também, e obviamente com o problema da guerra, isso gera um aumento considerável do custo desses insumos, porque as sanções internacionais acabam prejudicando o abastecimento mundial. Isso vai afetar diretamente na produção de alimentos: milho, soja, açúcar, algodão”, pontuou.

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