O Procon Goiânia notificou, nessa quarta-feira (20), a empresa de eventos responsável pela venda de ingressos para o show da banda Guns N’ Roses, marcado para ocorrer em setembro deste ano em Goiânia. De acordo com o órgão, várias irregularidades foram encontradas na venda.

Para explicar essa ação, o Sagres Sinal Aberto II, desta quinta-feira (21), recebeu o presidente do Procon Goiânia, Jeová Alcântara, que alegou falta de estrutura por parte da empresa na comercialização dos tickets.

“Para começar, iniciaram a venda pelo site com o preço x e dividindo em até 10x. No instante em que foi esgotado, foram vender no Serra Dourada sem a menor estrutura, contrariando aquilo que o Procon sempre defende, o consumidor. Então, o consumidor ficou ao relento, levando sol, passando calor, algumas pessoas passaram mal por ficar 6h na fila. Uma irresponsabilidade muito grande”, explicou.

Além disso, Jeová Alcântara afirmou que, por conta do movimento e da demanda de pessoas presentes, a empresa não dispunha de guichês suficientes para atender da forma devida os seus consumidores.

“Quando chegamos não tinha fila específica para os preferenciais. Então, obrigamos a abrir na hora e eles abriram. Depois, percebemos que havia só quatro guichês vendendo ingressos. Pedimos e eles abriram mais dois, que não foi suficiente. Solicitamos mais dois, chegaram os equipamentos, mas não tinha quem instalasse”, criticou.

Outra irregularidade encontrada pelo presidente do Procon Goiânia foi uma informação contraditória, em que num lugar havia o aviso de ingressos esgotados, mas em outro era possível comprar, além ainda do valor das entradas, considerado muito alto, segundo o órgão.

“Fomos até lá nesta manhã, chegamos 11h, teoricamente abriria ao meio dia, não tinha ninguém, apenas um aviso mal feito dizendo que os ingressos estavam esgotados. Mas, no site estão vendendo. Como? Se os ingressos estão esgotados? Inclusive, com preços exorbitantes, com uma reserva que custava quase mil reais. Não dá pra pagar, apesar que o show é muito bom, mas é muito caro”, completou.

Notificada, a empresa agora deverá apresentar, dentro do prazo legal de 20 dias, toda a documentação ao Procon, explicando o sistema de vendas, quantos lotes e toda a informação necessária. Em seguida, o órgão vai analisar se algum consumidor foi lesado.

Assista à entrevista completa a seguir:

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