A diretoria do Vila Nova apresentou na tarde desta quinta-feira o seu mais novo comandante para a sequência da temporada 2014. O jovem Sidney Moraes, 37 anos, chega ao estádio Onésio Brasileiro Alvarenga acompanhado de dois auxiliares: Vanilton Zambrotte e Cláudio Café. Este último foi campeão goiano quando integrava a comissão técnico de Edson Gaúcho em 2005 no próprio clube colorado.

Pude perceber que a diretoria, mais do que uma aposta em um jovem profissional, gostou do discurso de Sidney que manteve um tom de negociações diferente de outros nomes como Zé Teodoro, Alfinete, Guto Ferreira, Mazzola Jr e outros que iniciaram as tratativas com Newton Ferreira/Lúcio Antônio. Apresentou mais interesse na oportunidade de trabalho do que propriamente amarrar o contrato com cláusulas e premiações. Destes apenas Alfinete disse que não topou pela falta de um projeto confiável.

Particularmente, achei muito interessante a aposta da diretoria colorada. Sai dos nomes carregados de vícios e vincula sua imagem em um profissional que possui uma imagem bem mais moderna. No entanto, esta imagem que me deixa em dúvida sobre o sucesso desta parceria e eu explico o porquê.

Sidney Moraes chama atenção pela regularidade em seus trabalhos. No Boa Esporte comandou a equipe durante toda a Série B do Campeonato Brasileiro de 2012, teve um aproveitamento de 38% e oscilou da 5ª até a 16ª colocação durante a competição. Em 2013, chegou na sétima rodada para livrar o Icasa-CE do rebaixamento. No clube cearense teve rendimento de 54% e por pouco ainda não beliscou uma vaga no grupo de classificação a elite do futebol nacional.

Um treinador acostumado ao planejamento, tranquilidade e sem passionalidades. Características que não vemos no Vila Nova há muito tempo, constantemente metendo os pés pelas mãos. Quando questionado na entrevista coletiva sobre o que poderia apresentar ao clube, ele disse que era trabalho. No entanto, acredito que esta pode ser sua maior contribuição: Vitórias e títulos serão consequência de um trabalho consistente.