O tempo em que jogos eletrônicos eram considerados entretimento ou só joguinhos acabou. O mercado de games é expansivo e promissor. De acordo com os dados da Newzoo, estima-se que até 2024 o setor pode ultrapassar US$ 219 bilhões. Durante a pandemia da covid-19, os jogos eletrônicos se tornaram um alento dentro das residências, já que as medidas governamentais para conter o vírus fez a população ficar em suas casas. Com isso, potencializou ainda mais o cenário, desde o desenvolvimento de games até carreiras como cyber atletas, streamers e criadores de conteúdos. Até mesmo profissões mais tradicionais como nutricionista, psicologia e jornalismo se adaptaram no universo gamer.
Um dos games mais famosos do mundo, Valorant, surgiu em março de 2020, no auge da pandemia. E, hoje, elenca um dos maiores cenários competitivos do mundo, dando destaque a equipe brasileira Loud, campeã mundial no Valorant Champions 2022, colocando o cenário brasileiro no topo do mundo. De acordo com o portal Liquipedia, entre os campeonatos nacionais e internacionais, o time garantiu em média de R$ 2,4 milhões. Ou seja, uma das carreiras de sucesso como do cyber atleta, e, inclusive, chegou a ser debatido pela Ministra do Esporte, Ana Moser, se é ou não esporte, cresce exponencialmente sendo como esporte.
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Desenvolvimento de jogos
Mas para jogar um bom game, é necessário desenvolvê-lo! De acordo com a External Development Summit (XDS), o Brasil é considerado um dos principais desenvolvedores de jogos eletrônicos. Empresas como a Magazine Luiza investiram cerca de R$ 100 mil em parcerias com estúdios de criação de jogos. Em entrevista ao Sistema Sagres, o desenvolvedor de games Wenes Soares, responsável pelo canal e portal “Crie Seus Jogos”, afirmou que o setor é aquecido.
“Eu tenho a honra de acompanhar esse crescimento por estar na área há muitos anos. A gente tem visto que tem surgido cada vez mais oportunidades até mesmo na área de ensino, pois vários cursos estão surgindo. O mais interessante que trabalhar com jogos não é só programação, acaba que engloba a área artística, sons, game designer e isso abre muito leque para as pessoas. Tem surgido muitos estúdios e os estúdios precisam de mão de obra, então isso tem aquecido o mercado de maneira geral e o futuro do Brasil é promissor pois isso é só o comecinho”, afirmou Wenes.
Ele atuou como palestrante na Campus Party Goiás 2023, na Campus Play, onde explicou como é o trabalho de desenvolvedor de jogos.
“Desenvolvimento de jogos é uma área que envolve várias outras áreas, então acaba que hoje eu ensino a pessoa a programar. Mas dentro da plataforma de ensino tem vários outros cursos de outras áreas. Gostar de jogar é diferente de gostar de desenvolver. Mas você tem que entender da área e gostar de games, por mais que não jogue muito”, ressaltou.
Mercado Nacional
Para desenvolver um jogo é necessário uma boa história e, para isso, é fundamental ter bagagem em diversas áreas como história, geografia, português, matemática, ciências e conhecimentos gerais.
“Uma coisa interessante é que no Brasil nós temos muito jogos culturais. Então, a galera busca histórias do próprio folclore brasileiro para dentro dos jogos. Envolve várias outras áreas, como geografia, para você entender como é um relevo de um terreno você tem que saber na hora de fazer uma modelagem 3D, você tem que saber como é uma montanha, como é um morro, estrada, como um rio funciona. O mercado ta crescendo”, contou Wenes.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 08 – Trabalho Descente e Crescimento Econômico.
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