As viagens de negócios e os eventos corporativos ganham novos contornos mundo afora, à medida que a vacinação contra a Covid-19 avança e a quantidade de contágios e mortes diminui. Para tratar sobre este renascimento do ecossistema de eventos no pós-pandemia, recebi para uma conversa esta semana a presidente do Goiânia Convention Bureau, Fernanda Cury.

Ouça o programa em formato de podcast:

Ouça “#20 | O renascimento do ecossistema de eventos no pós-pandemia” no Spreaker.

“Os eventos serão inovadores, disruptivos e híbridos!” É com esta frase de impacto que Fernanda nos convence de que, como dizia Milton Nascimento, “nada será como antes” no cenário dos eventos corporativos. Este setor do turismo sofreu muito com a pandemia e aprendeu com essa nova realidade.

Depois de dois anos praticamente inexistentes, os eventos presenciais têm uma grande demanda, só que agora oferecem a oportunidade de acompanhar esses encontros via internet, para quem não puder participar de corpo presente. A regra vale para eventos corporativos e vários outros segmentos, como aniversários, casamentos e até formaturas.

Um gargalo para a retomada do turismo corporativo é a falta de mão de obra qualificada. Com a hibernação do setor durante a pandemia, muitos profissionais dessa área tiveram que migrar para outros serviços. A saída escolhida pelo Goiânia Convention Bureau foi investir na qualificação de novos profissionais para este mercado que se reaqueceu quase tão rápido quanto havia congelado. Entidades como o Sebrae e o Senac têm apoiado essa iniciativa.

O Goiânia Convention Bureau trabalha na captação, divulgação e incentivo ao turismo em Goiânia, e trabalha em parceria com secretarias de turismo, hotéis, setores da gastronomia, do entretenimento e demais agentes socioeconômicos envolvidos com turismo. Um exemplo é o encontro para falar sobre cenário, mercado e tendências dos eventos, que vai reunir agentes de toda a cadeia desse mercado em Goiás, marcado para o mês de agosto. “Estamos reformulando nossa agenda para este ano, tentando atender uma demanda reprimida de dois anos”, comenta Fernanda.

A capital tem tradição em encontros da área de saúde, economia e tem potencial para grandes eventos do agronegócio. A Feira Agropecuária de Goiânia ainda é uma incógnita para este ano, mas Fernanda acredita que ela deve acontecer.

Mas Goiânia tem que olhar pra fora e aprender com quem está inovando. Fernanda cita a capital Lisboa como exemplo de retomada do turismo no pós-pandemia. Os estados brasileiros, diz, têm trabalhado intensamente para retomar o turismo com força.

Cerrado

O bioma Cerrado está sempre no foco do turismo de Goiás. A flora, a fauna e a culinária goianas são grandes atrativos que contribuem com o turismo corporativo no estado, somado sempre ao imprescindível: segurança pública, limpeza e organização das cidades, rede hoteleira adequada e espaço para eventos, entre outros aspectos. Muito ainda precisa ser feito, e os empresários de turismo têm sua participação nesse processo. A profissionalização do turismo é urgente e ilimitada.

O programa desta semana esteve ligado ao ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura. Até semana que vem!

Temas abordados

O cenário do renascimento de eventos no pós pandemia.

Eventos presenciais vão continuar, mesmo com adaptações.

Mão de obra: um gargalo para a retomada do turismo corporativo.

Goiânia está se movimentando com a realização de mais eventos.

A capital tem potencial para grandes eventos do agronegócio?

Referências para Goiânia se inspirar.Cerrado, infraestrutura e profissionalização: o caminho para o turismo.

Assista o programa completo:

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