Palácio Alfredo Nasser é referência da arquitetura moderna

O prédio que sediou por mais de 60 anos a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) no Setor Oeste, é considerado um dos ícones da arquitetura moderna brasileira. O Palácio Alfredo Nasser, como foi batizado em 1962, faz parte da história da Capital e será destinado nos próximos anos ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

O projeto teve autoria do arquiteto Eurico de Godoi, com colaboração de Elder Rocha Lima. O desenho original continha apenas dois blocos: em um deles ficavam os gabinetes dos deputados e, no outro, um refeitório e o plenário. Ao longo dos trabalhos legislativos, um novo bloco foi construído para ocupação de mais gabinetes.

Por dentro do bloco principal, estão dispostos pilares e janelas. As divisórias entre os ambientes eram feitas com os próprios móveis, características marcantes desse estilo de arquitetura.

As salas da antiga sede da Assembleia Legislativa levavam nomes de ex-deputados que marcaram o Legislativo. O próprio nome do palácio, Alfredo Nasser, é uma homenagem ao jornalista e escritor que foi deputado estadual de 1935 a 1937. Também foi senador por Goiás, deputado federal e Ministro da Justiça do Regime Parlamentarista, de 1961 a 1962.

O plenário da Alego levava o nome do deputado estadual Getulino Artiaga. Eleito na 1° Legislatura, em 1947, deveria permanecer no cargo até 1951. Foi assassinado com 18 tiros em 8 de setembro de 1950, em Nova Aurora, quando organizava um comício.

Já Doutor Henrique Santillo era o nome do Salão Nobre. Henrique Santillo foi vereador e prefeito de Anápolis, além de deputado estadual, senador e governador do estado. Foi ainda secretário da Saúde e de Articulação Política, além de conselheiro e presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE). Morreu em 26 de junho de 2002.

Novo destino

Depois da transferência da sede da Alego para o Palácio Maguito Vilela, no Parque Lozandes, o Palácio Alfredo Nasser foi almejado por diferentes órgãos e instituições. A proposta inicial era a devolução do imóvel à Prefeitura de Goiânia, conforme a Lei nº 17.990, de 26 de março de 2013. 

Chamado de Palácio da Cultura, o local se tornaria sede da Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia) e de um conglomerado cultural, com o Museu de Arte de Goiânia (MAG).

Entretanto, um projeto de lei do deputado Lissauer Vieira (PSD), aprovado em plenário, revogou essa lei e destinou o antigo imóvel do Parlamento goiano ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM). O texto da justificativa da matéria alegava que as instalações do órgão, na Rua 68, já se encontram “deficitárias e necessitam de reformas constantes de manutenções”.

A Associação de Proteção do Bosque dos Buritis, então, entrou com uma ação judicial para que essa decisão seja revertida.

(Foto: Rubens Salomão)

Goiânia 90 lugares

Goiânia faz 90 anos em 24 de outubro. Por isso, o Sistema Sagres de Comunicação, com apoio da Prefeitura de Goiânia elaborou um guia de 90 locais a serem conhecidos por você que é goianiense, que mora na capital ou que está de passagem por aqui. Esta é a campanha “Goiânia 90 Lugares”.

A produção inclui 90 reportagens em texto e fotos de lugares marcantes da cidade, 30 vídeos, um mapa e uma página especial. A campanha conta ainda com entrevistas especiais sobre a construção, estrutura e futuro da nossa capital.

As ações tem coordenação de Rubens Salomão, com pesquisa e textos de Samuel Straioto, Arthur Barcelos e Rubens Salomão. Imagens e edição de Lucas Xavier, além das reportagens em vídeo de Ananda Leonel, João Vitor Simões, Rubens Salomão e Wendell Pasqueto. A coordenação do digital é de Gabriel Hamon. Coordenação de projetos é de Laila Melo.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis

Leia mais:

Mais lidas:

Leia também: