O uso político da energia elétrica em Goiás, por diferentes lados, e a manutenção da baixa qualidade do serviço; e a retirada das Forças Armadas da lista de órgãos fiscalizadores das eleições são os temas desta edição do PodFalar. O primeiro podcast de política de Goiás tem apresentação e comentários dos jornalistas Rubens Salomão e Samuel Straioto.

A qualidade do serviço de energia elétrica em Goiás continua baixa. São constantes as reclamações sobre quedas de energia, instabilidade na rede, entre tantos problemas, que atrapalha a vida de todo mundo.

Atualmente, a prestação de serviços é responsabilidade da Equatorial Energia, mas até o final de 2022 era da Enel, e até 2017 a distribuição de energia era feita pela Celg-D, já federalizada. A antiga estatal foi vendida por R$2,1 bilhões e o governador da época, Marconi Perillo (PSDB), defendia que a venda da empresa traria benefícios a Goiás.

Nem a Enel ficou muitos anos em Goiás, muito menos a prestação de serviço melhorou, pelo contrário, até piorou. Não apenas na percepção popular, mas também em rankings da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em que a empresa figurava entre as piores distribuidoras de energia do país.

O governador Ronaldo Caiado criticou por vezes a venda da Celg, a atuação da Enel, apesar de uma breve trégua com a empresa italiana, e depois a defesa para que outra empresa assumisse a prestação do serviço de distribuição em Goiás.

No final do ano passado a expectativa do governador é que o fornecimento de energia no estado pudesse melhorar. À época, membros do governo como o secretário geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, justificavam a necessidade de se retirar a Enel de Goiás.

Desde o início de 2023, a Equatorial é a responsável pela distribuição de energia elétrica em quase todo o estado de Goiás. A promessa do CEO da Equatorial no Brasil, Augusto Miranda era de que haveria investimento e o serviço melhoraria.

Em janeiro, presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, disse que 44% das unidades transformadoras estavam em sobrecargas e foram prometidas ações para solucionar o problema. O serviço não melhorou, e olha que a chuva ainda nem chegou. Bastou uma forte onda de calor, com pessoas passando a usar mais aparelhos como ar-condicionado, entre outros, para a rede elétrica não suportar.  Lener Jayme comentou a questão.

Com isso, deputados estaduais elevaram o coro contra a prestação de serviço. Insatisfação no microfone e pouca efetividade.

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PodFalar #250 | Mudam-se os discursos, fica o apagão; e a retirada das Forças Armadas

Segundo bloco

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta semana uma resolução que exclui as Forças Armadas do rol das entidades fiscalizadoras das urnas eletrônicas.

A medida ocorreu após uma costura do presidente da Corte, Alexandre de Moraes, e um ano após as crises entre o tribunal e os militares no governo Jair Bolsonaro (PL). O STF (Supremo Tribunal Federal) também deixou de ser uma entidade fiscalizadora, mas três ministros do STF compõem o TSE.

A proposta foi lida por Alexandre de Moraes na sessão e aprovada por unanimidade pelos demais integrantes do TSE. A costura já estava sendo feita desde o início do semestre, e a decisão ocorre nos preparativos para os testes de segurança das urnas que serão usadas nas eleições de 2024.

Moraes agradeceu a parceria com as Forças Armadas, especialmente na segurança dos eleitores e no apoio logístico dos militares. E disse que essas medidas vão continuar.

A atuação das Forças Armadas no TSE produziu crises durante as eleições do ano passado, especialmente com o uso político de Bolsonaro em relação aos questionamentos feitos pelos militares ao tribunal.

A tensão entre o TSE, Bolsonaro e os militares levou o ministro Edson Fachin, que presidiu por seis meses o TSE em 2022, a afirmar que as eleições eram um tema das “forças desarmadas”.

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Este episódio teve áudios do Sistema Sagres, Tv Alego, Puc Tv, do Jornal A Redação e do TSE. Confira o PodFalar todo sábado, às 9h30 da manhã, na Rádio Sagres, no Sagres On-line, no aplicativo da Sagres, no Spotify, no Google App, no Deezer e no Castbox. Siga o PodFalar em seu tocador de podcast preferido e receba um episódio novo todo sábado.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 07 – Energia Limpa e Acessível; ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes

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