O governador Marconi Perillo avaliou a crise financeira e política vivida pelo Governo Federal como “gravíssima” e “sem precedente”, depois de participar da reunião com governadores e a presidente Dilma Rousseff (PT) na tarde desta quinta-feira (30), em Brasília.

O tucano ainda mostrou grande preocupação com as medidas que podem ser aprovadas no Congresso Nacional e que causarão grande aumento de despesas às administrações federal e estaduais. Estas medidas foram detalhadas na reunião no Palácio da Alvorada e são chamadas abertamente de “pautas bomba” por Dilma e ministros

“Meu posicionamento não muda em nada (depois da reunião com a presidente). Estou o tempo inteiro falando da minha preocupação em relação à gravíssima crise econômica que a gente atravessa, permeada por crise política e aumento de gastos aprovados no Congresso Nacional que podem, simplesmente, decretar a falência do País”, disse.

“Nós não estamos muito longe disso não. Já vivemos crises duríssimas em Portugal, na Espanha, na França, na Itália, Irlanda e agora na Grécia. Em Portugal e Espanha, os governantes tiveram que adotar medidas rigorosíssimas e, graças a isso, esses países voltam agora, depois de quatro anos, a crescer. No Reino Unido, o primeiro ministro foi reeleito agora pelo plano de austeridade que ele criou”, contextualizou Perillo ao afirmar que “aqui no Brasil, não pode ser diferente”.

O discurso de Marconi é detalhadamente afinado com as palavras de Dilma Rousseff na explanação feita por 30 minutos aos governadores na abertura da reunião. Segundo ela, as “pautas bomba” representam grave impacto e que algumas serão vetadas “para a preservação necessária do dinheiro público”.