O governador Marconi Perillo (PSDB) viaja nesta sexta-feira (14) a lazer com a família para a Holanda e Países Baixos, na Europa, e já designou ao vice, José Eliton (PP), a responsabilidade de “apagar os incêndios que por ventura surgirem”, a partir da discussão política subsequente à apresentação de ampla reforma na estrutura do governo.

A postura do tucano durante a exposição pública das medidas não deixou dúvidas sobre a determinação a deputados da base e outros aliados: não há espaço para pressões ou questionamentos. “Esse projeto é de minha inteira responsabilidade. A elaboração não foi compartilhada com nenhum secretário”, contou Perillo.

Assim, qualquer crítica ao projeto será direcionada diretamente ao próprio governador. “Sei que muitas pressões haverão, muitos lobbys legítimos e pressão política serão feitos, mas estou cumprindo aqui o meu dever”, reconheceu.

Marconi ainda fez questão de estabelecer comparação com o governo federal (39 ministérios) e outros Estados (de 15 a 29 secretarias), ao figurar a redução de 16 para 10 pastas como referência nacional.

Ausência

Chamou a atenção a ausência do atual secretário de Gestão e Planejamento, Leonardo Vilela (PSDB), na apresentação da reforma. O deputado federal deverá retomar projetos pessoais em 2015.

Comissão

A finalização do projeto de reforma administrativa foi realizada por comissão formada entre os secretários José Carlos Siqueira (Casa Civil), José Taveira Rocha (Fazenda), Adauto Barbosa (Controladoria), além de Leonardo Vilela.

Referência nacional

Marconi Perillo contou ontem que apresentou antecipadamente a poucas pessoas o projeto de reforma administrativa. Entre eles, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o eleito no DF, Rodrigo Rollemberg (PSB).

Atendimento

Apesar da redução do número de secretarias (serão 10), o governador terá cargos para atender aliados. Cada pasta terá ao menos duas subsecretarias com responsabilidades agigantadas e remuneração próxima à dos secretários.

Cobiçada

A futura Secretaria da Mulher, Desenvolvimento Social, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Trabalho reunirá todos os programas sociais e já é alvo de disputa entre políticos que pretendem capitalizar eleitoralmente a participação na gestão.

(Texto publicado originalmente na Coluna Xadrez, do Jornal O Hoje, produzida por mim.)

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