Pesquisadores do Laboratório de Quimioinformática da Faculdade de Farmácia (FF) da Universidade Federal de Goiás (UFG) utilizam Inteligência Artificial (IA) para desenvolver soluções inovadoras para o tratamento da Doença de Chagas. Os cientistas utilizaram a tecnologia para filtrar possibilidades e direcionarem as pesquisas para compostos promissores. 

Desta forma, os pesquisadores descobriram rapidamente quatro novos compostos antiparasitários: LC-3, LC-4, LC-6 e LC-15. Portanto, os novos compostos surgem como soluções terapêuticas inovadoras para o tratamento da Doença de Chagas, Doença do sono e leishmanioses.

As doenças consideradas patologias negligenciadas tem baixo investimento das pesquisas farmacêuticas. A Doença de Chagas transmitida pelo barbeiro afeta o coração e o sistema gastrointestinal. Assim, os pacientes que possuem a forma crônica da doença precisam de acompanhamento constante e têm menos chances de sucesso com o medicamento existente contra a doença. 

Predominante na África Equatorial, a Doença do sono surge de protozoários e é transmitida pela mosca tsé-tsé. Então, o tratamento para a doença é limitado.

Pesquisa acelerada

O projeto liderado por farmacêuticos da UFG tem a participação de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte e do Museu de História Natural da França. Mas a pesquisa tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O destaque inovador do estudo é a aceleração do processo de pesquisa ao utilizar a Inteligência Artificial para filtrar a literatura e acessar rapidamente as melhores possibilidades.

“A ferramenta desenvolvida desempenha um papel crucial como filtro para a triagem de grandes bibliotecas comerciais contendo milhões de compostos. E destaca-se como uma peça versátil aplicável em diversas situações”, informou o Jornal UFG.

Segundo Bruno Junior Neves, coordenador da pesquisa, a tecnologia simulou ensaios e permitiu que os pesquisadores utilizassem apenas os compostos promissores nos testes. Desta forma chegou-se aos quatro compostos: LC-3, LC-4, LC-6 e LC-15. Assim, o professor destacou a importância da economia de tempo e recursos, além da aceleração da pesquisa.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 03 – Saúde e bem-estar, o ODS 04 – Educação de Qualidade e o ODS 09 – Indústria, inovação e infraestrutura.

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