A aposentadoria do conselheiro Nilo Resende no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em atendimento à pressão da Assembleia Legislativa por uma vaga para o deputado Humberto Aidar, e a participação majoritária dos parlamentares goianos na bancada do Centrão, no Congresso Nacional, são os temas deste episódio do PodFalar.

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A proposta de emenda constitucional (PEC) para extinção do TCM foi protocolada em 27 de abril, após várias tentativas de persuadir o conselheiro Nilo. Na quarta-feira (12) ele cedeu e no mesmo dia o TCM homologou sua aposentadoria. Já fora do tribunal, o agora ex-conselheiro admitiu que sofreu pressões, mas confia que sua decisão afastará o risco de extinção do tribunal.

Nesta semana o jornal O Estado de S. Paulo, revelou a existência de uma espécie de orçamento secreto usado pelo governo do presidente Bolsonaro para manter apoio da bancada do Centrão a seu governo. O jornal conseguiu por meio da Lei de Acesso à Informação cópias de 101 ofícios de parlamentares ao Ministério do Desenvolvimento Regional, que recebeu 3 bilhões do total de 20,1 bilhões, com as solicitações feitas por parlamentares.

Entre os beneficiados estão pelo menos 3 goianos: os deputados Vitor Hugo, líder do PSL na Câmara, José Nelto (Podemos), o senador Luiz do Carmo (MDB) e, indiretamente, Lucas Vergílio, do Solidariedade. Essa história joga luz sobre a bancada goiana no Centrão, o grupo majoritário na Câmara, formado por vários partidos, que sustentam todos os presidentes da República, desde José Sarney, a partir de 1985, passando por Fernando Henrique, pelos presidentes petistas e agora por Bolsonaro.

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