Neste início da terceira década do século 21, o capitalismo pratica a “economia da atenção”, ou seja, faz comércio com o olhar, os ouvidos o interesse e a curiosidade dos consumidores. Como? Por meio dos algoritmos que extraem dados de cada um e cada uma de nós pela internet.

As big techs (Google, Apple, Amazon, Microsoft e Facebook) acessam nossos desejos inconscientes e nos oferecem produtos para aplacar esse desejo. Essa é a ideia central do livro A Superindústria do Imaginário – Como o capital transformou e se apropriou de tudo que é visível, do professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), o jornalista Eugênio Bucci.

O mundo saiu do que o professor chama de “instância da palavra impressa”, que predominou até fim do século 20, no auge dos jornais impressos, para a “instância da imagem ao vivo”, que começou com as transmissões ao vivo pela TV, também no século passado, e agora foi superdimensionada pelas redes sociais.

Essa mutação atingiu a esfera pública, arena do exercício da atividade política e traz riscos embutidos, como a propagação de desinformação. Para entender esses deslocamentos, esse podcast entrevista autor do livro Eugênio Bucci.

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