A política e a economia estão em suspense no Brasil à espera do que vai acontecer na manifestação bolsonarista e de inspiração golpista marcada para o feriado de Sete de Setembro. Este é o tema deste PodFalar, que trata ainda da reação da oposição à aproximação de Ronaldo Caiado do MDB.
A inflação ultrapassou dois dígitos em quatro capitais brasileiras, Goiânia entre elas. O PIB estacionou no segundo trimestre deste ano e registrou recuo de 0,1%. A pobreza avançou. Apesar disso, o presidente Jair Bolsonaro dedica boa parte de sua agenda à mobilização pelos atos antidemocráticos que convocou para este feriado de sete de setembro, em meio à queda de sua popularidade.
Nesta quarta-feira, dia 1º, a Quaest Consultoria e Pesquisa, de Minas Gerais, mostrou não apenas a perda de apoio popular de Bolsonaro, assim como o desânimo dos brasileiros. Na pesquisa de julho, a pandemia era o principal problema para 41% dos entrevistados e a economia a segunda preocupação para outros 10%.
Com o avanço da vacinação contra a covid-19 e a piora do cenário econômico, a pandemia foi citada na mais recente pesquisa como o maior problema só por 28%. Já a economia preocupa 21% dos brasileiros. Por que o presidente aposta suas fichas na manifestação da próxima semana? Quais serão seus efeitos para seu governo e para o País?
O PodFalar fez essa pergunta a três cientistas políticos, Robert Bonifácio e Francisco Tavares, professores de Ciência Política da Universidade Federal de Goiás, e para o professor aposentado Pedro Célio Alves Borges. Em comum, os três entendem que a manifestação e o discurso autoritário do presidente, de antemão, provocaram estragos nas instituições democráticas.
Depois de o governador Ronaldo Caiado dar o pontapé na sucessão de 2022, ao convidar o MDB para integrar sua chapa majoritária, os partidos de oposição começaram a se mexer. O PSDB entrou em campo em evento em Valparaíso e acertou com o PL articulação de candidato único da oposição. O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, fechou acordo para se filiar ao PP de Alexandre Baldy.
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