O primeiro bloco deste episódio do PodFalar aborda o esgotamento do isolamento social como política pública de combate ao novo coronavírus em Goiás. Em plena vigência do último decreto do governador Ronaldo Caiado de quarentena intermitente, o prefeito Iris Rezende e empresários convenceram o governo a promover a reabertura integral das atividades econômicas a partir da próxima semana.
Isso aconteceu na semana em que o Estado registrou uma média de 1.100 novos contaminados por dia. A média de duas semanas atrás foi de 928 novos doentes diários. Na quinta-feira (9) o coronavírus venceu mais uma barreira e chegou a todos os municípios goianos. Diante desse quadro, era para o isolamento social ter atingido seu índice ideal, de 50%, mas não foi o que aconteceu.
O isolamento em Goiás não passou da média de 37%, insuficiente para contenção do vírus. Um cenário bem diferente do início dessa longa jornada de abre e fecha no Estado. Em 20 de março, um dia depois do início da primeira fase dessas restrições, o índice de isolamento foi de 40,6%. O auge da reclusão ocorreu em 22 de março, com 60% das pessoas em casa. Em junho, o distanciamento só se manteve alto aos domingos. Neste mês de julho, nem os domingos estão sendo respeitados.
No segundo bloco, a contaminação da política pelo coronavírus. O ex-governador Marconi Perillo aproveitou-se de descontentamento dos empresários com o decreto de quarentena e o desgaste da medida entre a população para reaparecer. Foi sua segunda aparição pública. Em 22 de junho Marconi tinha participado da inauguração do hospital municipal de Hidrolândia. Nesta quinta-feira, o ex-governador criticou, sem citar o nome de Caiado, a falta de diálogo do governo com o setor empresarial.
No Quadro Língua Solta, o vereador Cabo Sena, relator do Plano Diretor na Comissão Mista, critica a recomendação do Ministério Público para suspender a apreciação do projeto de lei enquanto durar a situação de emergência em Goiânia.
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